Mais um aluno ferido em Realengo, no Rio de Janeiro, recebe alta; estudante passa por cirurgia
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou na manhã desta terça-feira (19) que três alunos feridos no massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, permanecem internados em unidades da rede estadual. J.O.S., 14, recebeu alta.
O aluno E.C.A.A., 14, passou durante a manhã por cirurgia de bucomaxilo, no hospital estadual Albert Schweitzer. O procedimento, para retirada de uma bala alojada na face, correu bem e o paciente já está no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade.
Dois outros estudantes estão internados no hospital estadual Adão Pereira Nunes. L.V.S.F., 13, apresenta quadro estável e está em observação permanente no pós-operatório da neurocirurgia. Já T.T.M., 13, permanece no CTI pediátrico em observação rigorosa, com quadro estável, que, porém, inspira cuidados.
Escola reabre
Nos primeiros quatro dias após a chacina em Realengo, 20 estudantes pediram transferência da escola, cenário da tragédia, mas três já cancelaram a solicitação. “Entre os que pediram para voltar, está um menino que foi ferido”, contou o diretor da escola, Luis Marduk. “É um bom sinal.”
Atividades artísticas como pintura e poesia foram as principais ferramentas da escola municipal Tasso da Silveira nesta segunda-feira (18), 11 dias após o massacre no qual 12 adolescentes entre 12 e 15 anos foram brutalmente assassinados pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira. A retomada das atividades começou ontem com a primeira ação com os alunos desde o crime que chocou o país.
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Além de uma rápida reforma, com pintura, mudança de portas e pequenos reparos, o colégio passou por outra alteração: as duas salas de aula que foram alvo do atirador serão usadas, a partir de agora, como sala de atividades e laboratório de informática.
Entenda o caso
Na quinta-feira (7), por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a atirar nos estudantes.
O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Oliveira na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Ele portava duas armas e um cinturão com muita munição.
Oliveira deixou uma carta com teor religioso, onde orientava como quer ser enterrado e deixando sua casa para uma associação de proteção de animais.
No dia 8 de abril, 11 vítimas foram sepultadas nos cemitérios da Saudade, Murundu e Santa Cruz. No dia seguinte, o corpo de Ana Carolina Pacheco da Silva, 13, o último a deixar o Instituto Médico Legal (IML), foi cremado no crematório do Carmo, no centro do Rio.
* Com informações da Agência Brasil
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