Acusado de matar Eliza Samudio, "Bola" é réu em outro processo de homicídio em MG
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", acusado pela Polícia Civil de Minas Gerais de ser o executor de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Souza, tornou-se réu em processo que investiga a morte de dois homens, crime que teria ocorrido em 2008. A Justiça em Esmeraldas, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, acatou a denúncia do Ministério Público no último dia 12.
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Além dele, que está preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), como réu no processo que investiga o sumiço de Eliza Samudio, outros três policiais civis foram denunciados pelo Ministério Público.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, dois dos acusados estão detidos na Casa de Custódia da Polícia Civil, localizada em Belo Horizonte. O terceiro homem ainda não foi preso.
O crime teria ocorrido em sítio, localizado em Esmeraldas, que servia de local para treinamento do extinto grupo de elite GRE (Grupo de Resposta Especial da Polícia Civil de MG). O imóvel seria arrendado por Bola. De acordo com as investigações, os corpos não foram encontrados.
Os réus vão responder por cárcere privado, tortura, homicídio, ocultação de cadáver e peculato, de acordo com a denúncia.
Segundo o deputado Estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, à época do sumiço dos dois homens, a família de um dos desaparecidos procurou a comissão.
“Nós iniciamos uma investigação e chegamos ao Bola, que, na época, era conhecido por Paulista. Apareceram muitas testemunhas que confirmaram isso (mortes dos dois homens por Bola e os outros três)”, afirmou.
ângelo informou que os desaparecidos eram suspeitos de tentativa de roubo de carga na região. “Eles foram presos, torturados e levados para esse centro de treinamento e mortos lá dentro”, disse.
Ainda segundo o deputado, Bola passou então a circular na região com o carro das vítimas.
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