Mais um corpo é resgatado após colapso de ponte entre TO e MA; mortos chegam a 10

Mais um corpo foi resgatado das águas do rio Tocantins, informou nesta sexta-feira a Marinha, que participa dos trabalhos de busca após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira entre os Estados do Tocantins e do Maranhão no domingo passado.

Com isso, estão confirmadas 10 mortes e 7 pessoas desaparecidas até o início da noite desta sexta-feira, acrescentou a Marinha. A vítima anterior havia sido encontrada na noite da véspera por moradores a seis quilômetros do local do desmoronamento, a jusante do rio.

"A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 4º Distrito Naval, informa que no final das buscas de hoje, às 19h, as equipes resgataram um corpo na superfície da água do rio Tocantins, próximo à região da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira", diz a Força em nota à imprensa.

Mais cedo, parte remanescente da ponte se movimentou e as atividades de busca com mergulhadores próximas aos pilares da estrutura foram interrompidas, informaram autoridades. A ponte, da década de 1960, tinha mais de meio quilômetro de extensão quando seu vão central se desprendeu e mergulhou em direção ao rio com vários veículos sobre ela.

Com a paralisação dos mergulhos no local, a retirada de outros dois corpos encontrados na véspera sob escombros próximos aos pilares da ponte teve de esperar. Também não será possível a remoção de uma carga "preservada" de pesticidas já localizada.

"O que parou, momentaneamente, foi a operação de mergulhadores no pé dos pilares, agora vamos reposicionar esses mergulhadores para uma área mais segura", havia explicado o contra-almirante Coelho Rangel, coordenador-geral das buscas, em entrevista a jornalistas transmitida pela internet mais cedo.

"Temos embarcações navegando pelo rio, sonar fazendo 'SideScan', monitoramento da qualidade da água... as operações continuam", frisou.

As atividades contam ainda com drones subaquáticos da Polícia Federal e da Transpetro.

Os testes de qualidade da água ocorrem em meio a temores relacionados aos caminhões que transportavam cargas com produtos químicos perigosos, incluindo ácido sulfúrico, e que mergulharam no rio com o desabamento da ponte. Os testes são feitos por militares especializados em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR).

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Até 60 metros

Rangel disse ainda que equipamentos enviados pela Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras, contribuirão com as atividades.

Petrobras e Transpetro informaram nesta sexta-feira que disponibilizaram ROVs (sigla em inglês para veículo remotamente operado) e equipes técnicas para ajudar na força-tarefa comandada pela Marinha.

O ROV, segundo a Petrobras, é um robô utilizado em inspeção de dutos submarinos, com câmeras de alta resolução e operado remotamente vai apoiar nas buscas por vítimas do colapso da ponte.

"As buscas vêm sendo feitas por equipes de mergulho da Marinha em uma profundidade que varia de 20 a 60 metros. Mais três ROVs disponibilizados pela Petrobras devem chegar ao local das buscas nas próximas horas", disse a companhia em nota nesta sexta-feira.

A Transpetro também está operando no local com um sonar que tem capacidade de gerar imagens mais nítidas do fundo do rio, ajudando a guiar os mergulhadores.

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