Duas vítimas do massacre em Realengo ainda estão hospitalizadas com quadro clínico estável

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou neste sábado (30) que duas vítimas do massacre no colégio Tasso da Silveira, em Realengo, continuam hospitalizadas com quadro clínico estável no hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Das 12 crianças baleadas por Wellington Menezes de Oliveira que conseguiram atendimento médico, apenas Thayane Monteiro e Luan Vitor Pereira, ambos de 13 anos, permanecem internados.

De acordo com o último boletim da Sesdec, os dois adolescentes apresentam boa evolução e podem receber alta nas próximas semanas.

A situação mais grave era a de Thayane, que passou por mais uma intervenção cirúrgica na semana passada para revisão de cavidade abdominal e recolocação de dreno. A menina, que foi baleada no abdômen e teve fratura exposta no braço esquerdo, já tinha sido operada duas vezes: para conter uma hemorragia na região do estômago e para retirar o projétil da coluna.

Já Luan, que fora baleado no olho direito, se recupera normalmente de uma cirurgia no local atingido. Ele deixou o CTI do hospital Adão Pereira Nunes na última quarta-feira (27) e segue em observação na enfermaria da unidade.

Entenda o caso

No último dia 7, por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a atirar nos estudantes.

O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.

Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 12 ficaram feridos no ataque.