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Duas vítimas do massacre em Realengo continuam hospitalizadas, mas apresentam melhora gradativa

Hanrrikson de Andrade<br>Especial para o UOL Notícias<br>No Rio de Janeiro

02/05/2011 14h54

 

A Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou nesta segunda-feira (2) que duas vítimas do massacre no colégio Tasso da Silveira, em Realengo, continuam internadas no hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ambos apresentam melhora gradativa e têm quadro clínico estável. Das 12 crianças baleadas por Wellington Menezes de Oliveira que conseguiram atendimento médico, apenas Thayane Monteiro e Luan Vitor Pereira, ambos de 13 anos, permanecem hospitalizados.

A evolução de Thayane causa otimismo na equipe médica, mas ainda não há previsão de alta para a menina. Até a última sexta-feira (29), ela estava em observação rigorosa, com quadro regular. 

A menina passou por mais uma intervenção cirúrgica há duas semanas para revisão de cavidade abdominal e recolocação de dreno. A menina, que foi baleada no abdômen e teve fratura exposta no braço esquerdo, já tinha sido operada duas vezes: para conter uma hemorragia na região do estômago e para retirar o projétil da coluna.

Já Luan, que fora baleado no olho direito, se recupera normalmente de uma cirurgia no local atingido. O adolescente deixou o CTI do hospital Adão Pereira Nunes na última quarta-feira (27) e segue em observação na enfermaria da unidade.

Entenda o caso

No último dia 7 de abril, por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já em uma sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a ameaçar os estudantes, atirando contra eles.

Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas as meninas. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orientava como queria ser enterrado. Além disso, deixou sua casa para uma associação de proteção aos animais.

O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.

Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 12 ficaram feridos no ataque.