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Estudante baleada no massacre de Realengo, no Rio, apresenta melhora e sai do CTI pediátrico

Hanrrikson de Andrade<br>Especial para o UOL Notícias<br>No Rio de Janeiro

03/05/2011 12h32

A Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira (3) que a estudante Thayane Monteiro, 13, baleada no massacre na escola Tasso da Silveira, em Realengo, saiu do CTI pediátrico do hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Um menino da mesma idade também está internado nesta unidade. Ambos apresentam melhora gradativa e têm quadro clínico estável.

Thayane foi transferida nesta manhã para um leito da enfermaria e permanecerá em fase final de observação. Há quatro dias, ela estava em observação rigorosa, com quadro regular.

A menina passou por mais uma intervenção cirúrgica há duas semanas para revisão de cavidade abdominal e recolocação de dreno. Thayane, que foi baleada no abdômen e teve fratura exposta no braço esquerdo, já tinha sido operada duas vezes: para conter uma hemorragia na região do estômago e para retirar o projétil da coluna.

Já Luan, que fora baleado no olho direito, se recupera normalmente de uma cirurgia no local atingido. O adolescente deixou o CTI pediátrico do hospital Adão Pereira Nunes na última quarta-feira (27) e segue em observação na enfermaria da unidade.

Entenda o caso

No último dia 7 de abril, por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já em uma sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a atirar contra os estudantes.

Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas meninas. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orientava como queria ser enterrado, e deixou sua casa para associação de proteção de animais.

O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.

Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 12 ficaram feridos no ataque.