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Bombeiros de outros Estados reabrem aeroporto de Maceió depois de 10 horas de paralisação

Aliny Gama

Especial para o UOL Notícias<br>Em Maceió

11/05/2011 20h45

Depois de ficar mais de 10 horas parado, o aeroporto internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió (AL), retornou às atividades no início da noite desta quarta-feira (11).

De acordo com a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), pousos e decolagens já ocorrem normalmente depois da chegada de cinco homens do Corpo de Bombeiros de Sergipe e de 10 funcionários da empresa dos Estados de Bahia e Pernambuco, especializados em Formação Técnica para Bombeiros de Aeródromos.

Eles estão trabalhando na Seção de Combate a Incêndios (SCI) do aeroporto, no lugar dos bombeiros de Alagoas que aderiram a uma paralisação de 48h dos militares, deflagrada nesta quarta-feira.

O superintendente da Infraero em Alagoas, Adilson Pereira da Silva, disseque o contingente enviado a Maceió para dar suporte aos trabalhos possui experiência em operação de aeroportos. “Tanto os bombeiros, quanto os funcionários da Infraero têm vasta experiência aeroportuária. Eles são instrutores de cursos da FTBA ou já fizeram curso de formadores”, explicou, afirmando ainda que os profissionais ficam em Maceió até a solução do impasse entre militares e governo do Estado.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Alagoas, mais quatro oficiais locais – que não aderiram à greve - foram reforçar o trabalho no aeroporto. Em nota, a corporação alega que vai “tomar as providências cabíveis” contra os militares que faltaram ao serviço e causaram transtornos à população. Ao todo, 24 voos (12 decolagens e 12 aterrissagens) foram prejudicados entre o fim da manhã e início da noite.

Saguão tumultuado

Durante todo o dia, quem ia viajar em um dos voos programados para o aeroporto de Maceió reclamava da falta de informações. Segundo a Infraero, os aviões que chegariam a Maceió foram deslocados para pousar em Recife e Aracaju.

Por conta da falta de voos, filas imensas de passageiros à espera de vans e ônibus fretados pelas companhias para o Recife ou Aracaju se formaram na frente do aeroporto.

Para não perder a hora do novo voo em Recife, o casal Carlos Eduardo Sampaio e Natalia Romaguera, que iria fazer escala no Rio de Janeiro com destino a Miami (EUA) seguiram no próprio carro com destino à capital pernambucana.

“É um transtorno enorme, apesar de termos sido encaixados num outro voo direto para Miami partindo de Recife. Iríamos encontrar com minha mãe no Rio de Janeiro e agora nem sei o que fazer, pois ela vai ter de viajar sozinha de lá do Rio e não sabe falar uma palavra sequer em inglês”, disse Romaguera.

“Vamos gastar com gasolina e ninguém se comprometeu em arcar com a despesa. Tenho uma agenda cheia de compromissos em Miami e Nova York e não podemos perder esse voo”, disse Sampaio. O casal disse que vai estudar a possibilidade de acionar a Justiça pelos transtornos causados.