Acusado por morte de irmãs em Cunha (SP) será acareado com ex-namorada suspeita
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Guaratinguetá (SP) fará na tarde desta terça-feira (17) a acareação entre Ananias dos Santos, 27, acusado de matar as irmãs Josely de Oliveira, 16, e Juliana Oliveira, 15, em Cunha (a 231 km de São Paulo), e a suspeita e ex-namorada Maria José da Silva, 50.
Até o final da manhã de hoje, o delegado titular da DIG, Homero Vilela Vieira, não tinha recebido a autorização da Penitenciária 1 de Potim, onde Ananias está preso desde o último dia 5, para transferi-lo para a acareação em Guaratinguetá. “Eles ficarão frente a frente a fim de esclarecermos as poucas dúvidas que ainda faltam para o encerramento do inquérito”, disse.
Durante as investigações, Maria José era considerada a principal testemunha do caso, mas as contradições em seus cinco depoimentos, as provas em relação às ligações feitas de seu celular e as dificuldades para esclarecer seu relacionamento com Ananias contribuíram para que ela fosse indiciada por participação no assassinato das adolescentes.
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“Entendemos que ela não participou diretamente da execução das jovens, mas auxiliou Ananias dos Santos durante o planejamento do crime. Ela fez ligações para Ananias minutos antes de as vítimas serem mortas e um outro contato após a execução”, disse.
Na Penitenciária 1 de Potim, Ananias permanece em cela separada. Ele foi ouvido no último dia 3, quando reforçou que o motivo do crime foi a a maneira como ele estava sendo tratado pelas irmãs. À época ele chegou a confessar que era apaixonado por Juliana.
Crime
As irmãs desapareceram no dia 23 de março, e os corpos foram encontrados cinco dias depois pela Polícia Militar. Juliana foi morta com quatro tiros, e Josely, com um disparo no peito e outro na cabeça. Os corpos também tinham sinais de violência. Exames apontaram que ambas não sofreram violência sexual.
Santos, que chegou a entrar na lista dos criminosos mais procurados do Estado de São Paulo, é condenado por roubo, formação de quadrilha, porte ilegal de arma e contrabando ilegal em Lorena e Cachoeira Paulista, entre 2002 e 2003.
Ele era foragido do Pemano (Centro de Progressão Penitenciária Dr. Edgar Magalhães Noronha), de Tremembé, desde março de 2009, quando recebeu permissão para saída temporária de Páscoa. Ele também é alvo de investigação da morte de um casal de Parati, no Rio de Janeiro. O caso ainda é apurado pela polícia carioca.
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