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Taxista é esfaqueado por garota de 15 anos em Tremembé (SP)

Rodrigo Machado<br>Especial para o UOL Notícias

Em São José dos Campos (SP)

07/06/2011 14h54

A Justiça de Tremembé, no interior de São Paulo, decide nesta quarta-feira (8) se a adolescente L.A.S., de 15 anos, detida ontem pela Polícia Militar, será internada em uma unidade da Fundação Casa ou responderá apenas pelo ato infracional sob aos cuidados da família. Ela é acusada de tentar matar um taxista na madrugada de ontem (7) em Taubaté, a 130 km de São Paulo.

De acordo com a Polícia Civil, a jovem é apontada como autora dos diversos golpes a facadas contra o motorista J.P.F., de 47 anos. O crime teria ocorrido após ela ser cobrada pela corrida de R$ 30 e ter roubado o carro da vítima durante a madrugada. 

Em depoimento à polícia, o taxista disse que pegou a passageira na avenida Charles Schneider, próximo ao Taubaté Shopping. A jovem solicitou que ele a levasse até Tremembé, cidade vizinha. No bairro dos Guedes, ela teria iniciado uma discussão e se recusado a pagar pelo transporte, alegando que não tinha dinheiro.

“Foi nessa hora que a menina pegou um canivete e começou a me atacar. Tive ferimentos na cabeça, no tórax e nos ombros. Meu braço ficou todo machucado. Saí do carro e, em seguida, ela disparou com o veículo. Pedi socorro a um segurança de uma fábrica próxima ao local”, disse J.P.F. ao UOL Notícias.

A vítima foi socorrida no pronto-socorro de Tremembé. Ao dirigir em alta velocidade, a adolescente perdeu o controle da direção do carro e colidiu contra um outro veículo estacionado em um posto de combustível na região central de Taubaté. Ninguém ficou ferido. Ela foi detida por frentistas e pessoas que passavam pelo local.

Durante depoimento à polícia, a adolescente disse que teria tido um romance com o taxista há mais de cinco meses. A família dela confirmou a informação. Ela disse que J.P.F. queria levá-la para um motel contra a sua vontade e teve de se defender com o canivete.

“É apenas uma passageira sem controles e com problemas. Vai inventar mentiras para tentar se livrar do crime, da loucura de sair atacando as pessoas”, disse o taxista.

Apesar dos depoimentos contraditórios, a Polícia Civil classificou a versão da garota como sendo “inverossímil”. Um promotor da Vara da Infância e Juventude de Tremembé acompanhará o caso. A adolescente permanece à disposição da Justiça na Cadeia de Pindamonhangaba, cidade vizinha de Taubaté.