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Polícia desmantela quadrilhas que se matavam por domínio do tráfico em Pernambuco

Aliny Gama

Especial para o UOL Notícias<br>Em Maceió

15/06/2011 12h35

Uma megaoperação deflagrada pelas polícias Civil e Militar de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (15), desarticulou duas quadrilhas especializadas em tráfico de drogas que disputavam domínio de pontos de venda de entorpecentes em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. Na guerra por avanço de espaço, elas são acusadas da morte de pelo menos seis integrantes de grupos rivais nos últimos oito meses.

Segundo a Polícia Civil, 18 pessoas foram presas até o fim da manhã, 15 homens e três mulheres. Todos teriam envolvimento em mortes de usuários de drogas que possuíam dívidas com o tráfico, além de comércio ilegal de armas de fogo e munição. A polícia acredita que os grupos são responsáveis por outros homicídios, a serem investigados com a prisão dos acusados.

Ao todo, 335 policiais --168 civis e 167 militares-- estão envolvidos na ação, iniciada durante a madrugada e sem horário para terminar, já que quatro pessoas ainda estão foragidas – entre elas o chefe de uma das quadrilhas.

Entre os presos está o chefe da principal quadrilha do tráfico de drogas em Jaboatão dos Guararapes, Magardiel Sena, 26. Ele foi preso na casa da mulher, no município de Vitória de Santo Antão (a 49km do Recife).

O acusado estava com uma arma de fogo, 72 quilos de maconha, além de uma pequena quantidade de crack. Por conta do sobrenome dele - Sena -, a operação foi batizada de “Fórmula 1”.

A polícia informou que também está percorrendo outras cidades da Grande Recife, mas os locais estão sendo mantidos em sigilo para não atrapalhar as buscas. Quatro armas já foram apreendidas durante a ação nesta manhã.

Segundo a polícia, a operação possui a ordem de prisão de 22 pessoas, além de 20 mandados de busca e apreensão em cidades da Grande Recife.

Todos os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Privativa do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes. As investigações policiais duraram oito meses.

Os presos estão sendo levados para a sede da GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil, no Recife. Em seguida, serão transferidos para o Cotel (Centro de Observação Criminológico e Triagem), no município de Abreu e Lima, na Grande Recife.

As prisões preventivas devem durar pelo menos 30 dias.