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Cratera interdita avenida de Curitiba e assusta moradores, que são removidos por segurança

Cratera com 8 metros de profundidade e 4 de largura se abre em avenida movimentada de Curitiba - Daniela de Carvalho/Futura Press
Cratera com 8 metros de profundidade e 4 de largura se abre em avenida movimentada de Curitiba Imagem: Daniela de Carvalho/Futura Press

Carlos Kaspchak

Especial para o UOL Notícias<br>Em Curitiba

16/06/2011 15h53

Uma cratera surgida na madrugada desta quinta-feira (16) na região central de Curitiba obrigou o bloqueio parcial da avenida João Gualberto, uma das principais da cidade. O buraco tem 30 metros de comprimento por 5 metros de largura, com 5 metros de profundidade.

O asfalto cedeu em frente a um canteiro de obras, onde estava sendo construído um prédio de 23 andares há seis meses. O engenheiro responsável pela obra, João Chemin, disse que há uma semana eles reclamavam de problemas em frente à construção.

A quadra está comprometida, e um prédio que está em obras começou a afundar. Os edifícios vizinhos foram interditados. Quatro famílias tiveram de deixar os apartamentos.Os moradores do prédio que sentiram a terra tremer enquanto dormiam já começaram a providenciar a mudança.

"Agora sei como as pessoas que passam por terremotos se sentem. Tudo tremeu. Foi horrível. Eu e meu marido pegamos nosso filho pequeno e o gato e saímos correndo", disse Ariadne Micheluzzi, moradora do prédio interditado.

O trânsito na região ficou complicado, e os moradores de sete quadras estão prejudicados com a falta de abastecimento de água. De acordo com as informações do Corpo de Bombeiros, as redes elétrica e de esgoto também foram atingidas.

Técnicos e engenheiros da prefeitura de Curitiba e da Sanepar (campanhia de água e esgoto estadual) avaliam as condições do local. Três edificações ao lado de onde há o afundamento da pista também foram interditadas: um prédio residencial de dois andares, uma floricultura e uma funerária. Todos deixaram os imóveis por precaução.

“O problema não foi ocasionado pela tubulação da Sanepar. Alguma estrutura é que acabou deslocando o solo e, junto, a tubulação de água e esgoto que estavam assentados aqui”, disse o gerente geral da Sanepar, Celso Thomaz.