Sucateado, IML de Goiânia transfere corpos para evitar decomposição
Para evitar a decomposição dos cadáveres, o IML (Instituto Médico Legal) de Goiânia precisou transferir, na tarde de quinta-feira (07), quatro corpos para unidades da polícia técnico-científica no interior do Estado. Com deficiência em sua infraestrutura, a unidade está em reforma desde 2009 e tem geladeiras estragadas e equipamentos sucateados.
Os quatros corpos seguiram para as cidades de Caldas Novas e Morrinhos porque as geladeiras disponíveis no IML de Goiânia estavam lotadas. No local, há oito equipamentos – quatro deles estão em manutenção e devem ficar prontos na próxima segunda-feira (11).
A direção do IML optou pelo translado porque não havia condições de preservas os corpos, que ainda não identificados. A gerente da unidade, Silvânia de Fátima Coelho Barbosa, diz que não há superlotação no IML e que o procedimento é considerado padrão sempre que as máquinas passam por consertos. “Como temos uma procura maior no final de semana não poderíamos ficar nessa situação”, afirma.
A unidade recebe uma média de dez corpos por dia. Nos finais de semana, este número pode dobrar. De acordo com Barbosa, a previsão é de que os corpos retornem para Goiânia na segunda-feira.
Reclamações
A situação do IML de Goiânia tem gerado reclamações dos moradores da região e servidores da unidade por causa do mau cheiro. Em abril, após denúncias, foi constatado que os corpos aguardavam pela autópsia na parte externa da unidade.
Funcionários afirmam que é comum os cadáveres ficarem a céu aberto e que nem sempre as necrópsias chegam a ser realizadas. O quadro de servidores, que já é escasso, foi prejudicado pelas férias de julho. Segundo a gerente, a equipe só será recomposta em agosto.
Em relação à falta de materiais para as análises cadavéricas, como luvas, jalecos e ganchos, Barbosa afirma que a fase crítica já passou, pois uma licitação feita pelo governo do Estado assegurou o repasse dos produtos para a unidade nos últimos dias.
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