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Aneel vai fiscalizar monitoramento de "bueiros explosivos" no Rio de Janeiro

Hanrrikson de Andrade<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>No Rio de Janeiro

13/07/2011 20h17

O monitoramento das galerias subterrâneas de distribuição de energia do Rio de Janeiro contará com a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A decisão foi acertada nesta quarta-feira (13) durante reunião entre a Aneel, a concessionária responsável pelo fornecimento de energia, Light, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB).

Uma empresa terceirizada também ficará responsável pelo trabalho de monitoramento. Segundo o secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório, tal contratação será feita em caráter emergencial, isto é, sem abertura de processo de licitação. O acordo deve ser firmado nas próximas semanas, e o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) terá a tarefa de sugerir as empresas aptas a realizar o serviço.

Mapa mostra locais onde bueiros explodiram no Rio de Janeiro em 2010 e 2011

Na visão do órgão municipal, a presença de um funcionário da Aneel na vistoria diária das câmaras subterrâneas do Rio servirá para que as concessionárias Light e CEG (Companhia Estadual do Gás) agilizem o processo de modernização da estrutura de fornecimento de energia, em especial nas regiões do centro e da zona sul, que possuem os principais pontos de risco. A ideia foi aprovada pelo presidente da agência nacional, Nelson Hubner.

O promotor do Ministério Público Rodrigo Terra, o presidente da CEG, Bruno Armbrust, e o presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio (Agenersa), José Bismarck, também participaram da reunião com o prefeito Eduardo Paes.

Na sexta-feira (8), o Crea identificou que sete bueiros do centro do Rio têm 100% de chances de explosão caso alguma centelha seja acesa no local. Desses, cinco estão localizados na rua Uruguaiana, e dois nas ruas da Assembleia e Sete de Setembro, respectivamente.

Com exceção da rua da Assembleia, local onde quatro bueiros explodiram em série no dia 4 de julho, a concessionária responsável pela distribuição de gás já trabalha para reestruturar a rede subterrânea.

Depois de uma reunião emergencial na sexta-feira (8), o prefeito do Rio de Janeiro culpou a CEG pelas explosões de bueiros. Ele quer que a concessionária assine um documento semelhante ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Light e Ministério Público, pelo qual a empresa será obrigada a modernizar a sua rede, e poderá ser multada em R$ 100 mil a cada bueiro que vier a explodir na cidade.

A rede subterrânea da Light pode ter até 4.000 bueiros com risco de explosão, de acordo com um levantamento feito pelo MP. Desses, cerca de 1.770 precisam de reparos em caráter emergencial.e