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PE monta força-tarefa para identificar vítimas de acidente aéreo; corpos mais carbonizados serão identificados por DNA

Aliny Gama<br> Especial para o UOL Notícias

Em Maceió

14/07/2011 10h24

O governo de Pernambuco montou uma força-tarefa com médicos-legistas, peritos criminais e papiloscopistas para identificar os corpos das dezesseis vítimas do acidente desta quarta-feira (13) com o voo 4896, da companhia aérea Noar. O avião, modelo L-410, faria o percurso Recife-Natal-Mossoró, mas caiu três minutos após a decolagem do aeroporto Gilberto Freyre, na capital pernambucana.

A SDS (Secretaria de Defesa Social) informou que um psicólogo e um assistente social estão informando as famílias das vítimas sobre os trabalhos de identificação dos corpos. Não há prazo definido para fim dos trabalhos pelo IML (Instituto Médico Legal) do Recife. Como alguns corpos estão em estado menos avançado de decomposição, a identificação ocorrerá por meio de digitais, e alguns corpos podem ser liberados ainda nesta quinta-feira (14).

Segundo a SDS, a maior dificuldade em identificar os demais corpos é que, com o incêndio da aeronave após a queda, as vítimas foram carbonizadas. Familiares e amigos não foram autorizados a ver os corpos, devido ao seu grau de destruição, e terão que aguardar pelos exames dos peritos para obter a liberação para sepultamento.

“Em casos de acidentes aéreos com explosão, é necessário realizar perícias por DNA, papiloscópicas ou odonto-legal”, disse em nota o gestor de Polícia Científica de Pernambuco, Francisco Sarmento.

O material genético para exame de DNA já começou a ser colhido pelo IML ontem, no hotel onde parentes das vítimas estão sendo acomodados pela empresa, em Boa Viagem. Como o Estado de Pernambuco não tem laboratório de identificação por DNA, o material será encaminhado para a Bahia, o que pode atrasar ainda mais a liberação, já que leva até 15 dias para conclusão.

Para agilizar a identificação preliminar dos corpos das vítimas, a Polícia Científica solicitou aos familiares e aos institutos de identificação dos Estados de origem das vítimas informações como digitais, raio-x da arcada dentária, número de identidade, roupas no momento do embarque e informações sobre manchas, cicatrizes , tatuagens e piercings no corpo das vítimas.

A SDS pediu que, para evitar possíveis tumultos, os familiares não busquem informações diretamente no prédio do IML, mas aguardem detalhes no hotel onde estão sendo acomodados. O Estado prometeu liberar boletins sobre andamento das identificações duas vezes ao dia –um no fim da manhã, outro no fim da tarde.

O governo também informou que os familiares também terão facilidade em garantir os atestados de óbito. O documento será emitido pelo Cartório da Boa Vista, no centro da capital pernambucana.

Veja o local do acidente