Polícia Civil de São Paulo indicia skinhead por assassinato de punk perto de casa noturna
A Polícia Civil de São Paulo indiciou nesta terça-feira (20) por homicídio doloso (ou seja, intencional) o skinhead Guilherme Losano Oliveira, suspeito de matar o punk Johni Raoni Falcão Galanciak, 25, durante uma briga de gangues em São Paulo, no último dia 4. O indiciamento foi feito pela delegada da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), Margareth Barreto.
Decretada prisão de suspeito de matar punk em São Paulo
O crime aconteceu próximo da entrada da casa noturna Carioca Club, em Pinheiros (zona oeste), antes do show da banda de punk inglesa Cock Sparrer.
Oliveira --conhecido no meio como “Guilherme Treze”-- estava em prisão temporária desde o último dia 9, e, segundo a polícia, é um ex-punk que inclusive já foi amigo da vítima e que atualmente integrava o grupo de skinheads neonazistas Kombat RAC, conforme o banco de dados da Decradi.
Além de Galanciak, que tinha passagens anteriores por outros casos de agressão, a briga ainda deixou ferido Fábio dos Santos, 21, que chegou a ficar internado na UTI (Unidade de Tearpia Intensiva) do Hospital das Clínicas da capital, mas teve alta na última sexta-feira (16).
A reportagem não conseguiu contato com advogado de Oliveira para comentar o indiciamento.
Mãe da vítima
Após depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) dias antes de o suspeito ser preso, a mãe de Galanciak, a professora Patrícia Conceição, criticou uma suposta omissão da polícia no sentido de evitar a briga e citou o ofício que a casa noturna mandou à Polícia Militar pedindo reforço no policiamento. A boate fez o pedido após tomar conhecimento que gangues rivais estavam combinando, por meio das redes sociais, um enfrentamento no local.
“Houve uma falha, porque meu filho foi até lá para assistir a show de rock, de um som que agradaria tanto um lado quanto outro. Havia, portanto, a possibilidade de uma briga; houve uma falha, a polícia sabia [da possibilidade de tumulto]”, afirmou Patrícia.
A mãe negou que o filho estivesse armado, razão pela qual classificou o assassinato como “brutal e covarde”. “Ele não teve chance de defesa. Mas não sei falar se premeditaram isso. Meu filho foi lá a fim de ver a banda. O que houve foi um confronto, e, infelizmente, meu filho não fugiu do confronto”, finalizou
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