Professora de escola de São Caetano não culpa aluno por tiro e compartilha dor de pais, diz cunhado
Ao conhecer o desfecho da trágica história que a levou para o hospital, a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 -atingida por um tiro disparado por D.M.N., 10, dentro de uma escola de São Caetano do Sul, no ABC Paulista- diz ter ficado surpresa com a atitude do aluno, mas garante não ter ressentimento do garoto, tampouco de seus pais. É o que contou o cunhado dela Alexandre Millan, em entrevista ao UOL Notícias.
Segundo Millan, a professora teve conhecimento do caso a partir de uma reportagem especial exibida pelo Fantástica no último domingo (25). A irmã da professora também esclareceu todas as dúvidas de Rosileide nesta segunda-feira (26).
"Ela não consegue entender os motivos que levaram o menino a agir da forma como agiu e compartilha com o que todos os outros professores têm divulgado à imprensa: que ele era bonzinho, tinha boas notas e comportamento exemplar", diz Millan, que afirma que a professora negou a existência de qualquer conflito entre ela e o aluno.
Rosileide, diz o cunhado, não culpa o aluno por sua atual situação. "Era uma criança e não sabia ao certo o que estava fazendo. Ela compartilha a dor dos pais e não tem a mínima intenção de acusá-los de nada", relata.
Atingida na região lombar, a professora ainda está internada no Hospital das Clínicas de São Paulo sem previsão de alta. Amanhã (28), ela será submetida a uma nova cirurgia, dessa vez no joelho. "Segundo os médicos, é uma intervenção simples para resolver uma fratura ocasionada com a queda do impacto do tiro", descreve Millan.
O depoimento de Rosileide, agendado para a próxima quinta-feira (30) no próprio hospital, poderá ser remarcado. "A mudança dependerá da recuperação dela e do aval dos próprios médicos", afirma o cunhado.
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