Operação da PF prende 25 pessoas em cinco Estados por tráfico de drogas

Vinte e cinco pessoas acusadas de tráfico internacional de drogas foram presas durante a Operação Noturno, desencadeada nesta sexta-feira (30) pela Polícia Federal em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Maranhão. Faltam cumprir 16 mandados de prisão, inclusive no interior da capital paulista. A PF afirma que todos os 38 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Entre as apreensões estão quatro veículos que eram usados para transporte das drogas, agendas com anotações de vendas, que eram compradas na Bolívia, principalmente a cocaína, e vários comprovantes de transações bancárias, como depósito e transferências entre contas correntes.

As investigações a respeito da organização criminosa foram iniciadas há 11 meses, a partir de Cáceres (cidade a 220 km de Cuiabá, no oeste de Mato Grosso), município que fica a 80 km da fronteira com a Bolívia e faz parte da principal rota de entrada de cocaína no Brasil.

Durante a investigação, a Polícia Federal descobriu que as “mulas” –pessoas encarregadas de transportar drogas–, estavam utilizando um novo meio de passar com o produto para o Brasil. As “mulas” entravam no Brasil à noite –daí o nome da operação “Noturnos”–, quando grande parte da fronteira de 700 km está sem proteção. Assim, o transporte de droga era mais seguro.

Segundo o delegado Josean Severo, da Delegacia da PF em Cáceres, durante a operação não houve apreensão de drogas, mas no curso das investigações foram retirados de circulação quase 400 kg de cocaína, além de produtos utilizados para refino e embalagem do entorpecente.

A desarticulação da quadrilha, conforme o delegado, começou quando o serviço de inteligência  passou a fazer interceptações telefônicas com autorização da Justiça e descobriu a entrada em grande quantidade de droga no Brasil.

A cocaína era distribuída para Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Maranhão. O delegado informou que o relatório da Policia Federal será concluído em 30 dias e enviado para o Ministério Público Federal (MPF). Entre os 25 presos há quatro mulheres. Duas delas, segundo a PF, dizem não ter qualquer relação com os crimes e que foram presas por causa de seus maridos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, há mandados de prisão a serem cumpridos em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.