Charreteiros de São Lourenço (MG) precisam de carteira de habilitação para poder trabalhar
Todos os condutores de charrete de São Lourenço (387 km de Belo Horizonte) terão de portar carteira municipal de habilitação a partir deste mês de outubro para poder continuar trabalhando.
A medida foi adotada para disciplinar a condução dos veículos de tração animal nas ruas do município, visitado anualmente por milhares de turistas, atraídos pelas propriedades medicinais de suas águas.
Os profissionais já fizeram teste de legislação e, nesta segunda-feira (3), vão se submeter a uma prova prática. Os condutores de charretes deverão seguir as mesmas regras impostas aos motoristas locais, como estacionar sempre ao lado direito das vias e indicar, nesse caso com as mãos, quando forem virar à direita ou à esquerda.
“Os charreteiros precisarão também segurar os animais pelo bridão (freio) para evitar que se movimentem quando usuários estiverem subindo ou descendo dos veículos”, afirmou Valéria Fernandes, assessora da prefeitura de São Lourenço.
Os profissionais, segundo a assessora, passarão a trabalhar uniformizados, com crachá, e suas charretes serão emplacadas. “Quem não respeitar as regras vai ser autuado pelos agentes de trânsito”, diz Valéria.
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As medidas da prefeitura agradaram aos charreteiros, segundo Juscelino Ribeiro de Souza, 48. “Isso vai dificultar a vida dos clandestinos, que denigrem a nossa profissão”, afirmou. Apesar de o transporte de charrete em São Lourenço ser uma prática antiga e se confundir com a história da cidade, localizada no sul de Minas Gerais, não havia antes regras para disciplinar o setor.
City tour
Não são apenas os turistas que utilizam as charretes. Moradores também usam o transporte no dia a dia. O valor das corridas varia conforme a distância, mas, para os visitantes, um city tour não sai por menos de R$ 30.
Os veículos possuem capotas e, algumas delas, são puxadas por até dois animais. O número de passageiros permitido varia de quatro a seis, conforme o número de cavalos usados como tração. O charreteiro Juscelino Souza afirma que ele e os colegas tiram, em média, R$ 800 por mês cada um.
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