Retirar brasileiros da pobreza é reforçar país contra crise, diz Dilma
Para Dilma, mercado interno é a força para reagir à crise
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o melhor meio para o Brasil combater a crise financeira internacional é reduzir a pobreza e apostar em um mercado interno consumidor forte.
“Nossa maior reação à crise [econômica mundial] é nosso mercado interno com potencial de consumo. Fomos atingidos pela crise através da redução do consumo em todo planeta. Mas como nossa principal força está no mercado interno, nossa capacidade de resistência é muito elevada”, disse.
A afirmação foi feita no lançamento, em Porto Alegre, do Pacto Brasil Sem Miséria. Em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a petista assinou um protocolo de intenções na presença de ministros e dos três governadores da região sul, Tarso Genro (RS), Raimundo Colombo (SC) Beto Richa (PR).
Segundo Dilma, a retirada de milhões de brasileiros da pobreza reforçará o mercado e a imunização contra as crises internacionais. “É um imperativo econômico transformar brasileiros em cidadãos plenos, cidadãos econômicos.”
O Brasil Sem Miséria pretende auxiliar 16,2 milhões de pessoas com o objetivo de elevar a renda da população, proporcionando oportunidades de trabalho às famílias mais carentes.
“Nunca tivemos uma responsabilidade social tão explicita. Acredito que esse momento marca uma ação conjunta do governo federal e dos governos dos Estados”, declarou Dilma em seu discurso, exaltando a parceria com administrações estaduais e municipais.
Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de agosto de 2010, 16,2 milhões de brasileiros estão dentro da faixa de extrema pobreza no Brasil. Eles vivem com renda mensal per capta de R$ 70 ou menos.
Na região Sul, 715.961 pessoas são extremamente pobres. Dessas, 437.346 (61,1%) vivem em áreas urbanas, e 278.615 (38,9%) em zonas rurais.
No RS, a população na faixa da miséria é de 306.651, enquanto que em SC é de 102.672, e no PR, de 306.638.
Conforme o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, até o final do ano, com os dados completos do Censo 2010, será possível mapear as cidades em situação mais crítica e identificar bolsões de pobreza em todos os Estados.
Manifestações
Do lado de fora da Assembleia Legislativa do RS, onde foi realizada a cerimônia, cerca de 300 manifestantes protestaram. Eram representantes dos bancários e dos trabalhadores da Justiça Federal que, com o auxílio de carros de som, gritavam palavras de ordem e empunhavam faixas por melhores salários. O grupo foi observado de perto por dezenas de policiais militares, federais e soldados do Exército.
Parados há mais de duas semanas, os bancários fecharam as portas de 923 agências das 1.564 em todo RS, segundo o sindicato da categoria.
No início da manhã desta sexta-feira, trabalhadores da região carbonífera do Estado interromperam a ponte sobre o Rio Guaíba, o que gerou um congestionamento de dez quilômetros. Eles reivindicam a inclusão do carvão mineral da Bolsa de Energia.
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