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Noiva do goleiro Bruno afirma desconhecer plano para matar juíza em Minas Gerais

Rayder Bragon

Do UOL Notícias, em Belo Horizonte

22/12/2011 12h47Atualizada em 22/12/2011 17h41

A noiva do goleiro Bruno Souza, a dentista Ingrid de Oliveira, prestou depoimento nesta quinta-feira (22) à Polícia Civil mineira, em Belo Horizonte (MG), e negou ter tido conhecimento de plano para matar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), e o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais. Ambos são ligados ao caso Eliza Samudio, ex-amante do goleiro que está desaparecida desde junho de 2010.

A magistrada pronunciou, em dezembro do ano passado, o goleiro e mais sete réus a júri popular, ainda sem data marcada. Já o delegado foi o responsável pelo inquérito sobre o caso. De acordo com a polícia, a dentista carioca foi apontada por um detento, que denunciou o suposto plano, como quem deveria fazer o contato com o traficante Nem da Rocinha, preso em novembro deste ano no Rio de Janeiro.

“Ela disse que não tem conhecimento desse fato. Nega tudo e disse estar até surpresa com a revelação dessa notícia”, disse o delegado Islande Batista, do Deoesp (Departamento Estadual de Operações Especiais) da Polícia Civil, localizado no bairro Gameleira, região oeste da cidade, e onde a mulher prestou depoimento na manhã de hoje.

Já foram ouvidos o goleiro e Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Segundo a polícia, eles negaram participação no suposto plano. Batista afirmou que vai colher o depoimento de Nem, que está preso em uma penitenciária federal, em Mato Grosso do Sul, por carta precatória.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ser o assassino de Eliza Samudio, também prestou depoimento hoje e negou envolvimento. Bola, entretanto, passará por acareação com o preso que denunciou o suposto esquema.

Denúncia

O preso que fez as denúncias partilhou cela com Bola na penitenciária de segurança máxima, Nelson Hungria, em Contagem (MG), e acusa o ex-policial, apontado como o executor de Eliza Samudio, de ter revelado a ele a intenção, hipoteticamente pactuada com o goleiro, de matar a juíza e o delegado.

Além deles, fariam parte da lista de pessoas e serem mortas o deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e os advogados José Arteiro, assistente de acusação e representante da mãe de Eliza, e o ex-defensor do goleiro Ércio Quaresma, informou a polícia.