Topo

Cachorro morre após ser esquecido dentro de caixa por dona de pet shop

O cão Tony, da raça shih-tzu, morreu após ser esquecido dentro de uma caixa em Orlândia (SP) - Marcelo Manso de Andrade/Arquivo pessoal
O cão Tony, da raça shih-tzu, morreu após ser esquecido dentro de uma caixa em Orlândia (SP) Imagem: Marcelo Manso de Andrade/Arquivo pessoal

José Bonato

Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)

24/01/2012 12h51

Um cachorro da raça shih-tzu de 11 meses de idade morreu na última sexta-feira (20) após ser esquecido dentro de uma caixa por pelo menos quatro horas num pet shop de Orlândia (365 km de São Paulo).

Tony, como o cãozinho se chamava, foi levado ao pet shop para tomar banho e receber uma tosa. A sala onde a caixa com o animal preso ficou esquecida tem pouca ventilação e é muito quente, segundo a proprietária do pet shop, a veterinária Cíntia Caparelli Fonseca, 47. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como possível prática de maus-tratos.

“Foi uma fatalidade. Em sete anos de profissão, nunca tive problema nenhum. Eu assumo a culpa e já ofereci outro filhote para os donos”, afirma Fonseca. A veterinária disse que já comprou outro cão da mesma raça, por R$ 600, com pedigree, para oferecer aos donos do shih-tzu.

Fonseca conta que era comum, nos últimos quatro meses, ela buscar Tony na casa dos donos, às sextas-feiras, por volta das 9h, para o animal ser banhado e tosado. O cão era devolvido por volta das 12h. Na última sexta-feira, uma funcionária do pet shop banhou, tosou e colocou Tony na caixa, imaginando que a dona do estabelecimento, a exemplo do que sempre fazia, fosse levar o cachorro às 12h para os donos.

Naquele dia, porém, a veterinária foi atender cães doentes em outras residências, no período da tarde, e esqueceu Tony no pet shop.

Às 16h, a estudante Maira de Andrade, 25, dona do cachorro, ligou à veterinária e reclamou que o cão ainda não tinha sido entregue. “Fui até a clínica e descobri que ele estava morto. Foi muito triste”, lamenta Fonseca.

“Isso não podia ter acontecido. Minha mãe e minha irmã eram muito apegadas ao cachorro”, afirma o consultor Marcelo Manso de Andrade, 29, irmão de Maira. Ele disse que a família não vai processar o estabelecimento e aceitará o filhote doado pela veterinária.