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Advogado de pais de jovem que morreu no Hopi Hari diz que vítima estava em cadeira desativada

Imagem de arquivo mostra brinquedo no qual jovem morreu na última sexta-feira - Rochelle Costi/Folhapress
Imagem de arquivo mostra brinquedo no qual jovem morreu na última sexta-feira Imagem: Rochelle Costi/Folhapress

Débora Melo

Do UOL, em Vinhedo (SP)

29/02/2012 15h04Atualizada em 29/02/2012 17h45

O advogado dos pais da adolescente Gabriela Nichimura, 14, que morreu na última sexta-feira (24) depois de cair de um brinquedo do parque Hopi Hari, disse nesta quarta-feira (29) na delegacia de Vinhedo (SP) –onde o caso é investigado– que a jovem estaria em uma cadeira desativada. Gabriela morreu após cair do brinquedo La Tour Eiffel –também conhecido como elevador.

O defensor Ademar Gomes disse que o fato contraria a perícia, que apontou que a jovem estava em outra posição no brinquedo. "A perícia foi feita na cadeira errada", disse. O advogado, porém, não confirmou o que disse mais cedo seu assessor, Daniel Gomes, de que a família teria uma foto que comprova que Gabriela estava na primeira cadeira de uma das fileiras do brinquedo e não na terceira cadeira, como disse a perícia. Cada fileira tem quatro assentos.

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A assessoria de imprensa do Hopi Hari foi procurada pelo UOL, mas ainda não comentou as declarações dos advogados.

Os pais da adolescente estão depondo na tarde de hoje. Abalados, Silmara e Armando Nichimura não deram declarações à imprensa ao chegar Ao local. Segundo o advogado do casal, uma entrevista coletiva deve ser concedida por eles amanhã.

O depoimento deve esclarecer o que a mãe viu no dia do acidente. Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, no último domingo, ela afirmou que notou a ausência de um cinto na cadeira do brinquedo La Tour Eiffel, conhecido como elevador, de onde a jovem caiu. “Eu falei para a minha filha: ‘Está travado?’ Ela falou: ‘Mãe, está travado'. Só que tem um outro fecho, como se fosse um cinto, e eu observei que o dela não tinha esse fecho", afirmou. “Só que tinha um funcionário do parque no momento e falou para mim: ‘Não tem problema. É seguro’", completou Silmara.

Os pais da garota são brasileiros, moram no Japão e passavam férias na casa de parentes em Guarulhos (Grande São Paulo), onde a adolescente foi enterrada no sábado (25).

Perícia realizada no brinquedo apontou que ele não apresentava problemas mecânicos, o que leva a crer que uma falha humana provocou o acidente. Ontem, um engenheiro do parque reforçou à Polícia Civil a hipótese. De acordo com o delegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior, o engenheiro negou a versão dada pela mãe da vítima, em uma entrevista para a TV, sobre suposta ausência de cinto na cadeira ocupada pela adolescente. Em depoimento, o funcionário relatou que o dispositivo, que fica entre a trava de segurança e o assento, é usado desde 2003 no brinquedo, que é de 1999, por determinação da fabricante suíça. 

Parque fica no interior de SP

  • Arte/UOL

O delegado afirmou que na segunda-feira ele próprio viu o cinto na cadeira onde estaria Gabriela. Para o policial, porém, o depoimento da mãe da menina é considerado "chave" para as investigações. 

A assessoria de imprensa do Hopi Hari informou que está aguardando o resultado da perícia que vai constatar as causas do acidente.

O acidente

O acidente ocorreu por volta das 10h30 de sexta-feira (24). A garota foi levada para o hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí (SP), mas não resistiu. Ela teve traumatismo craniano seguido de parada cardíaca.

O parque fica no km 72,5 da rodovia dos Bandeirantes. O brinquedo onde ocorreu o acidente tem 69,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. Na atração, os participantes caem em queda livre, podendo atingir 94 km/h, segundo informações do site do parque.

Em nota, o Hopi Hari informou que "lamenta profundamente o ocorrido" e que "está prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do acidente".

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