PF prende 12 acusados de fraude de R$ 500 mil no seguro-desemprego em Minas Gerais
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (16), durante operação intitulada Hefesto, 12 pessoas acusadas de terem dado golpe de cerca de R$ 500 mil no seguro-desemprego e que agiam nas cidades de Pouso Alegre e Machado, municípios da região sul de Minas Gerais. Entre os detidos, quatro são funcionários públicos.
Segundo a PF, apenas um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça ainda não foi cumprido. De acordo com delegado responsável pela operação, a Justiça expediu ainda 18 mandados de busca e apreensão, resultando no recolhimento de documentos, anotações, computadores e quantia em dinheiro ainda não totalizada.
Os servidores públicos presos pertencem ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e ao Sine (Sistema Nacional de Empregos), órgão vinculado ao MTE.
O delegado João Carlos Girotto revelou que a ação dos integrantes do grupo se iniciou em agosto do ano passado. Eles cooptavam interessados em participarem do esquema fraudulento mediante o pagamento aos suspeitos dos valores correspondentes a uma ou duas parcelas do benefício concedido de maneira irregular.
Para conseguir a liberação do seguro-desemprego, os suspeitos se valiam da carteira de trabalho da pessoa, que era preenchida com o registro de trabalho fictício.
“Além da carteira de trabalho, a pessoa fornecia a eles cópias de documentos como comprovante de residência, da carteira de identidade. Por último, esses documentos eram anexados a um documento falsificado de liberação com timbre da Justiça do Trabalho (ata de audiência inexistente) e encaminhados aos integrantes que trabalhavam nos órgãos públicos para posterior deferimento do benefício”, explicou.
Girotto explicou que, por ora, foram identificados 130 benefícios fraudulentos, mas o número deverá aumentar com o avanço das investigações, sendo que as pessoas beneficiárias do seguro obtido de foram irregular também serão investigadas.
Os presos foram encaminhados a presídio da cidade de Pouso Alegre e vão responder pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e uso de documento falso. Se condenados, as penas podem chegar a 18 anos de reclusão.
O nome da operação é em alusão a deus grego protetor do trabalho.
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