Topo

Após paralisação de vigilantes, bancos fecham as portas na região de Porto Alegre

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

22/03/2012 16h03

Vigilantes de bancos cruzaram os braços nesta quinta-feira, em Porto Alegre, e forçaram a paralisação do atendimento a clientes em cerca de cem agências na capital e região metropolitana. A categoria está em tratativa com o sindicato patronal e não aceitou a última proposta, apreciada em assembleia na noite dessa quarta-feira (21). A paralisação está prevista para seguir até sábado.

Os trabalhadores querem reajuste de 15% no salário, além de 30% de adicional de risco de vida e aumento no vale alimentação dos atuais R$ 8,50 para R$ 15. Já as empresas ofereceram 7% de aumento nos salários, 20% no risco de vida e R$ 10 de vale alimentação.

Durante a manhã desta quinta-feira, cerca de 800 trabalhadores caminharam pelo centro de Porto Alegre, após algumas agências amanhecerem com cartazes informando a paralisação. Por conta da greve, o policiamento ostensivo foi reforçado para garantir a segurança perto dos bancos e lotéricas.

A interrupção das atividades não se restringe a bancos, afeta também todos os estabelecimentos que utilizem o serviço de profissionais de vigilância, desde portarias atá monitoramento de alarmes. Está prevista para ainda esta tarde uma reunião entre classe patronal e trabalhadores.

Conforme o Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado (Sindesp/RS), a estimativa é de que uma centena de agências em Porto Alegre e região metropolitana permaneçam com o funcionamento comprometido nesta sexta-feira.

O sindicato patronal reclama que foi pego de surpresa. “Não recebemos nenhuma notificação sobre o resultado da assembleia ocorrida na noite de quinta-feira. Eles [vigilantes] têm que nos informar o que ficou decidido”, disse a secretária geral do Sindesp/RS, Amanda Santos Ferreira.

Já o Sindi-Vigilantes do Sul nega. Conforme o secretário financeiro da entidade, Ramiro Antônio Coin, os patrões já sabiam da assembleia e da paralisação. Segundo o dirigente, 350 profissionais de vigilância estão parados em Porto Alegre e na região metropolitana.