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Jet ski que matou menina em Bertioga (SP) tinha "anomalia" no acelerador, diz perícia

Técnicos participam em Bertioga de simulação do acidente com o jet ski  - Fernando Mendonça/UOL
Técnicos participam em Bertioga de simulação do acidente com o jet ski Imagem: Fernando Mendonça/UOL

Do UOL, em São Paulo

23/03/2012 08h32

O jet ski que atropelou e matou a menina Grazielly Lames, em Bertioga (SP), no último dia 18 de fevereiro, apresentou uma pequena "anomalia" no sistema de  aceleração durante a perícia realizada pelo Instituto de Criminalística de Santos. O adolescente de 13 anos acusado de dirigir o jet ski não era habilitado para conduzir o equipamento e fugiu do local sem prestar socorro. 

O laudo foi concluído na tarde desta quinta-feira (22) e deverá ser entregue hoje (sexta 23) ao delegado Rony Oliveira, responsável pelo inquérito que investiga o caso. Oliveira havia declarado que o laudo do jet ski é “imprescindível” para as investigações.

Na última terça-feira (20), o advogado da família de Grazielly, José Beraldo, realizou uma simulação na praia de Guaratuba, onde ocorreu o acidente. Peritos que participaram da ação afirmaram que seria impossível o jet ski ter ficado desgovernado por quase um minuto.

Segundo os peritos, quem pilotava o aparelho no dia do acidente estava sobre ele até chegar a bem perto de Grazielly. O advogado da defesa, Maurimar Chiasso, chegou a dizer que os menores apenas acionaram o aparelho, mas perderam o controle, e ele saiu sozinho, pelo mar, até atingir a menina, que estava a cerca de 500 metros de distância.

O inquérito sobre a morte de Grazielly havia sido concluído no último dia 6 de março pelo delegado titular da Polícia Civil de Bertioga, Maurício Barbosa, que não indiciou ninguém pela morte da criança.

Naquele mesmo dia, porém, o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, interveio e encaminhou o caso para a Delegacia Seccional de Santos, uma instância superior na Secretaria da Segurança Pública –onde o caso está sendo presidido pelo delegado Oliveira.

O caso

Grazielly Almeida Lames, que visitava o mar pela primeira vez, brincava com a mãe na área rasa da praia quando o jet ski a atingiu na cabeça. Ela foi levada de helicóptero ao Hospital Municipal de Bertioga, com traumatismo craniano, mas chegou já morta.

Ao longo do inquérito de Bertioga, foram ouvidas dez testemunhas, entre os pais e um tio de Grazielly, os pais do menor que provocou o acidente e de seus padrinhos –donos da casa onde o menino estava hospedado e do jet ski dirigido por ele.      

Local do acidente

  • Arte UOL

    A praia de Guaratuba fica em Bertioga, no litoral norte de São Paulo