Equipamentos de combate a incêndio dos bombeiros estão parados há dois anos em Alagoas
Dois equipamentos de combate a incêndio de alta tecnologia e que custaram, juntos, R$ 294 mil estão guardados dentro das caixas, no quartel do Corpo de Bombeiros de Alagoas, há quase dois anos. O motivo é a falta de dois veículos adequados para suportar o peso dos equipamentos.
Entregues em maio de 2010, os AFTs (Advanced Firefighting Technology, ou Tecnologia Avançada de Combate a Incêndios) foram adquiridos com o recolhimento da taxa de incêndio e com verbas do governo do Estado. À época da entrega, o Corpo de Bombeiros disse que seria a primeira corporação do país a adquirir a tecnologia, que estava “disponível apenas em empresas como Infraero, Petrobras e a concessionária da ponte Rio-Niterói”.
Os equipamentos comportam 1.000 litros, ou seja, mais que os outros existentes no mercado, que geralmente têm suporte para 600 litros. Eles otimizam o consumo de água –usam apenas 150 litros em um tempo de 2 minutos e 30 segundos– e são mais ágeis que os existentes atualmente na corporação. Os aparelhos ainda podem ser usados em locais de difícil acesso por terem capacidade de disparar jatos que alcançam até 18 metros.
A falta de estrutura de combate a incêndios em Maceió já foi alvo de críticas, que levaram o major do Corpo de Bombeiros Carlos Buriti a ser detido. Em abril de 2011, os bombeiros foram vaiados pela população pela falta de água no caminhão-tanque durante operação para apagar um incêndio no Pavilhão do Artesanato. Na ocasião, o major afirmou que é “feito de palhaço há 16 anos” e externou diversos problemas estruturais que a corporação enfrentaria. Após o desabafo, o comandante da corporação mandou prender Buriti sob alegação de que ele descumpriu o código de ética militar.
Peso acima do suportado
Os equipamentos foram adquiridos após a chegada de duas caminhonetes modelo F-250, doadas por uma empresa paulista. A corporação planejava usar os AFTs nesses carros, sem saber que eles eram pesados demais para a capacidade dos veículos.
O Corpo de Bombeiros teria chegado a instalar os equipamentos nas duas caminhonetes, mas, devido ao peso –os AFTs cheios de água pesam cerca de uma tonelada –, os veículos não suportaram. Os equipamentos foram então guardados.
Outro lado
O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, mas foi informado que o órgão não iria mais se pronunciar sobre o assunto “para evitar polêmica.”
A reportagem foi orientada a buscar “na internet” as respostas já dadas pela corporação ao jornal “Gazeta de Alagoas”, que fez reportagem sobre o caso na semana passada.
À reportagem do jornal, os bombeiros informaram que estão realizando licitação para a compra de caminhões que suportem o peso dos equipamentos –a medida deve ser concluída nos próximos quatro meses.
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