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Responsáveis por morte de adolescente no Hopi Hari devem ser divulgados até amanhã, diz polícia

Gabriella Nichimura usou uma cadeira no parque de diversões Hopi Hari que tinha problemas; a garota caiu do brinquedo e morreu no dia 24 de fevereiro - Reprodução
Gabriella Nichimura usou uma cadeira no parque de diversões Hopi Hari que tinha problemas; a garota caiu do brinquedo e morreu no dia 24 de fevereiro Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

16/04/2012 10h37

A Polícia Civil de Vinhedo (SP) divulga até esta terça-feira (17) os nomes dos indiciados pelo acidente que matou uma adolescente de 14 anos, no dia 24 de fevereiro, no parque de diversões Hopi Hari. Gabriela Nichimura, 14, caiu de uma altura ede aproximadamente 20 metros do brinquedo La Tour Eiffel e não resistiu. Ela passava férias no Brasil com a família, que vive no Japão.

O delegado que investiga o caso, Álvaro Santucci, já informou que os indiciamentos serão pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segundo Santucci, não só funcionários que operavam o brinquedo podem ser citados, como também representantes da diretoria do parque.

Na última sexta (13), o delegado e o Ministério Público em Vinhedo receberam do IC (Instituto de Criminalística) de Campinas o laudo sobre o acidente. O documento apontou falha humana e indicou que a trava da cadeira que a menina ocupava estava solta.

Durante as oitivas, o delegado recebeu informações de que os cinco operadores do brinquedo sabiam que, naquele dia, a trava que sempre esteve fechada para impedir que o assento fosse usado, podia ser aberta. Eles teriam avisado um superior e recebido o comando para continuar as atividades até que alguém da manutenção chegasse à atração para resolver o problema.

O laudo do IC era a peça que faltava para a conclusão do inquérito conduzido pelo delegado de Vinhedo --que ouviu 15 testemunhas, entre funcionários de operação, manutenção, gerência e diretoria do parque, além de parentes da vítima e visitantes do Hopi Hari naquele dia 24.

O promotor criminal de Vinhedo, Rogério Sanches, disse que deve denunciar mais de uma pessoa por homicídio culposo, mas informou que vai aguardar o término do inquérito policial e juntar as informações do IC, da polícia, do Ministério Público do Trabalho e de inquérito civil conduzido pela promotora de direito do consumidor de Vinhedo, Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira. "Há uma sequência de erros e provas por meio de depoimentos, documentos e laudos", disse o promotor, que terá 15 dias após receber o inquérito para apresentar a denúncia.

O advogado do Hopi Hari, Alberto Toron, afirmou que o laudo reitera também a tese do próprio parque. "O Hopi Hari sempre falou em uma sucessão de falhas humanas, portanto, o laudo não traduz novidades".

Parque fica no interior de SP

  • Arte/UOL

O acidente

O acidente ocorreu por volta das 10h30 do dia 24 de fevereiro deste ano, uma sexta-feira. A garota foi levada para o hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí (SP), mas não resistiu. Ela teve traumatismo craniano seguido de parada cardíaca.

O parque fica no km 72,5 da rodovia dos Bandeirantes. O brinquedo onde ocorreu o acidente tem 69,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. Na atração, os participantes caem em queda livre, podendo atingir 94 km/h, segundo informações do site do parque. (Com Agência Estado)