Dona de empresa que não fez festa de formatura vai depor na quarta-feira em SP

A empresária Liliane Venâncio da Silva, 33, dona da empresa de bailes de formatura Lilitty Eventos, que não realizou uma festa prevista para acontecer no dia 14 de abril, na zona leste de São Paulo, lesando dezenas de alunos, será ouvida na quarta-feira (25) pelo delegado Marcel Druzani, do 63º DP, onde o caso é investigado.

Segundo o delegado, o depoimento estava marcado para esta segunda-feira, às 14h, mas foi adiado a pedido do advogado da empresária. "Por enquanto, isso [o adiamento] é um direito deles. E para não dizerem que estamos sendo arbitrários, aceitamos", disse ele ao UOL.

A empresária irá depor às 14h, enquanto seus pais e seu namorado serão ouvidos pela manhã, no mesmo dia.

Em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, neste domingo, Liliane disse que a festa não aconteceu porque poucas horas antes recebeu uma mensagem do buffet dizendo que não enviaria comida nem bebida para o evento.

“A parte principal, do bufê, da bebida e alimentação, a pessoa me mandou uma mensagem, às 15h, aproximadamente, dizendo que não iria mandar. Eu ainda tentei. Porém, pelo horário e quantidade de coisas que nós precisávamos, não tinha fornecedor que conseguisse nos atender no momento”, disse a empresária.

Segundo ela, a desistência não ocorreu por falta de pagamentos, o que já havia sido afirmado pelo delegado Marcel Druzani.

Em resposta aos alunos, Liliane disse que pretende realizar uma festa "ainda mais glamourosa" do que ela havia contratado, mas não deu uma previsão de quando isso vai acontecer.

Duas festas organizadas pela empresa estavam marcadas para o o último dia 14: uma aconteceria em Suzano, para 47 alunos da escola Ferraz de Vasconcelos, e outra em Guarulhos, para 250 alunos e familiares de diferentes instituições educacionais.

Cada um dos formandos que participariam da festa em Guarulhos pagou cerca de R$ 1.700 por um pacote incluindo viagem, colação de grau e o baile. Desse pacote, apenas a festa não foi realizada. O passeio para Porto Seguro ocorreu em setembro, e a entrega dos diplomas, no início do ano. Segundo o delegado Druzani, Liliane pode ser indiciada por estelionato.