Deputados vão vistoriar condições de trabalho na construção de Belo Monte
Um grupo de deputados da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público vai visitar, nesta quinta-feira (3), as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em Altamira, no Pará.
Eles querem verificar as condições de trabalho no local, que vêm motivando greves dos 7.000 trabalhadores da usina. A última teve início em abril e foi considerada ilegal pela Justiça, mas os trabalhadores não retornaram às atividades, segundo o consórcio responsável pela obra.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, duas ainda não foram atendidas: a redução do período que chamam de baixada [quando recebem uma folga de nove dias para visitar a família, com passagens pagas pelo CCBM], e o aumento no valor do vale alimentação dos atuais R$ 95 para R$ 300. O consórcio só acenou com um acréscimo de R$ 15.
O presidente da Comissão de Trabalho, deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), disse que o grupo vai tentar mediar a negociação com o consórcio construtor.
Segundo ele, o objetivo é “fazer um esforço, em nome da Comissão de Trabalho, para que haja um entendimento e o retorno dos trabalhadores às atividades, já que esta obra é importantíssima para o Brasil do ponto de vista do desenvolvimento econômico e também de geração de emprego e renda para a população."
Consórcio construtor
Em nota, o consórcio afirma que os trabalhadores estão fazendo reinvindicações fora da data-base, que é em outubro.
A usina hidrelétrica de Belo Monte será a terceira maior usina hidrelétrica do mundo. Ela está sendo construída no rio Xingu, em Altamira (PA), e terá cerca de 11 mil megawatts (MW) de potência instalada quando estiver concluída. A entrada em operação está prevista para 2015.
O requerimento para a visita dos parlamentares à usina é do deputado Laercio Oliveira (PR-SE).
A reportagem tentou falar com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav-PA), mas não encontrou ninguém que pudesse responder aos questionamentos. Já o consórcio construtor da usina hidrelétrica não deu retorno às ligações da reportagem. (Com Agência Câmara)
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