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Queremos indenização de R$ 12,44 milhões, diz advogado da família de menina morta por jet ski

Grazielly morreu ao ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado na praia de Guaratuba, em Bertioga - Reprodução/Youtube
Grazielly morreu ao ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado na praia de Guaratuba, em Bertioga Imagem: Reprodução/Youtube

Do UOL, em São Paulo

18/05/2012 13h37

O advogado José Beraldo, que defende a família de Grazielly Lames, 3, atingida na cabeça por um jet ski desgovernado na praia de Guaratuba, em Bertioga (107 km de São Paulo), no dia 18 de fevereiro, informou no começo da tarde desta sexta-feira (18) que entrou com pedido de indenização por danos morais no valor de 20 mil salários mínimos –o que equivale a R$ 12,44 milhões–  aos responsáveis pela morte da menina. O pedido foi encaminhado ao Fórum de Artur Nogueira (161 km de São Paulo). 

No último dia 30 de março, Beraldo havia adiantado que pediria indenização de R$ 10 milhões. “Considerando toda uma vida perdida, a dor dos pais, o poder econômico dos réus e a comoção social, entraremos com pedido de danos morais contra os pais e contra os padrinhos do adolescente, pediremos indenização de R$ 10 milhões”, disse Beraldo na época ao UOL.

Na ocasião, o advogado demonstrou insatisfação com o resultado do inquérito, que indiciou quatro pessoas como responsáveis diretas pelo acidente. "Foi uma decisão teratológica, uma monstruosidade jurídica", alegou.

De acordo com o inquérito, presidido pelo delegado Rony da Silva Oliveira, da Delegacia Seccional de Santos, foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção) o dono do jet ski, José Augusto Cardoso; o caseiro Erivaldo Francisco de Moura, conhecido como "Chapolin"; e dois mecânicos que fizeram a manutenção do aparelho dois dias antes do acidente: Tiago Veloso Lins e Ailton Bispo de Oliveira. À exceção do caseiro, todos os demais foram denunciados pelo Ministério Público.

Onde foi o acidente

  • Arte/UOL

    Bertioga está no litoral norte de São Paulo

Para o advogado da família, todos os que estavam na casa de praia no dia do acidente deveriam ser indiciados por dolo eventual (quando há consciência dos riscos que a ação pode produzir). “As autoridades não podem ser frouxas, as leis estão aí e devem ser aplicadas no seu rigor”, disse.

O caso

Grazielly Almeida Lames, que visitava o mar pela primeira vez, brincava com a mãe na área rasa da praia quando o jet ski desgovernado a atingiu na cabeça. Ela foi levada de helicóptero ao Hospital Municipal de Bertioga, com traumatismo craniano, mas chegou já morta.

O adolescente suspeito de dirigir o jet ski fugiu do local sem prestar socorro. A família do jovem também não procurou os familiares da vítima.