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PM pede ajuda de moradores para prender criminosos que atacaram UPP no Complexo do Alemão

Policiais do Bope reforçam a segurança do Complexo do Alemão após uma policial militar ser morta em troca de tiros com traficantes, nesta segunda-feira (23). - Antonio Scorza/AFP
Policiais do Bope reforçam a segurança do Complexo do Alemão após uma policial militar ser morta em troca de tiros com traficantes, nesta segunda-feira (23). Imagem: Antonio Scorza/AFP

Do UOL, no Rio

24/07/2012 10h31

A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Seseg) divulgou nota oficial, nesta terça-feira (24), na qual convoca a população dos Complexos do Alemão e da Penha, e dos morros do Adeus e da Baiana, na zona norte do Rio, a colaborar com a Polícia Militar no decorrer das buscas pelos criminosos que atacaram a tiros, na noite desta segunda-feira (24), a sede da UPP Nova Brasília.

A PM também afirmou "lamentar profundamente" a morte da soldado Fabiana Aparecida dos Santos, 30, atingida por um tiro de fuzil durante confronto com os criminosos, supostamente traficantes de drogas. Segundo a Seseg, quaisquer informações que possam ajudar nas investigações devem devem ser passadas à polícia através do Disque-Denúncia. O telefone é (21) 2253-1177.

Em seu primeiro pronunciamento sobre o caso, a Secretaria de Segurança Pública afirmou ainda que as forças policiais não vão recuar em função do atentado que vitimou o primeiro policial militar em área de UPP. "O processo de pacificação seguirá seu curso previsto na região até que esteja consolidada a reconquista de território dessas comunidades, com sua devolução completa e pacífica à cidade do Rio de Janeiro", disse a Seseg.

Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) realizam nesta manhã buscas em comunidades do Complexo do Alemão. A divisão de elite da PM também está posicionada para reforçar a segurança juntamente com o Batalhão de Choque (BPChoque) e PMs dos batalhões da Maré (22º BPM) e de Olaria (16º BPM). Há duas semanas, o Exército deixou a região após ocupá-la por 19 meses --desde a operação que garantiu a tomada do território, em novembro de 2010.

Fabiana Aparecido dos Santos, que estava na PM há pouco mais de um ano, era solteira e sem filhos. Ela foi atingida, na região do abdômen, por um tiro de fuzil que atravessou o colete à prova de balas no momento em que ela estava próxima ao contêiner-sede da UPP Nova Brasília, segundo o coordenador da política de pacificação, coronel Rogério Seabra.

A soldado chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na estrada do Itararé, porém não resistiu aos ferimentos. Outros cinco PMs estavam no mesmo local quando houve o ataque dos criminosos, dos quais um ficou ferido, sem gravidade, durante o confronto. Os demais saíram ilesos.

Santos foi a primeira policial militar morta em serviço em uma comunidade localizada em áreas atendidas por UPPs. Segundo a PM, os pais da vítima já morreram e o parente mais próximo seria uma irmã, que mora no município de Valença, na região sul fluminense.

Apesar do clima de tensão nos Complexos da Penha e do Alemão, a Seseg confirmou que seguirá o calendário definido para a região e manteve a inauguração de mais duas UPPs na próxima semana: nas favelas da Vila Cruzeiro e do Parque Proletário. Em toda a capital fluminense, já são 25 unidades.

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