Santos (SP) lidera ranking de saneamento das 100 maiores cidades do Brasil; São Paulo é 18ª
A cidade de Santos, no litoral sul de São Paulo, lidera o ranking dos 100 maiores municípios brasileiros com as melhores condições de saneamento básico. Nos segundo e terceiro lugares aparecem, respectivamente, Maringá (PR) e Franca (SP). A capital paulista, maior cidade do levantamento, está em 18º lugar.
RANKING
1 | SANTOS (SP) |
2 | MARINGÁ (PR) |
3 | FRANCA (SP) |
4 | UBERLÂNDIA (MG) |
5 | JUNDIAÍ (SP) |
6 | SOROCABA (SP) |
7 | LIMEIRA (SP) |
8 | UBERABA (MG) |
9 | NITERÓI (RJ) |
10 | LONDRINA (PR) |
18 | SÃO PAULO (SP) |
Os dados constam de um levantamento divulgado nesta quinta-feira (16) em São Paulo pela organização Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria especializada em saneamento básico OG Associados. O estudo, feito pela entidade desde 2007, se baseia em dados de 2010 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico), publicado pelo Ministério das Cidades.
A maioria das dez cidades que lideram o ranking com serviços de melhor qualidade e maior abrangência estão nas regiões Sudeste e Sul, embora o Sul seja representado apenas por Maringá, vice-colocada, e Londrina, em 10º.
Cidades do interior paulista, como Franca (3º), Jundiaí (5º), Sorocaba (6º) e Limeira (7º), apresentaram bons indicadores, assim como as mineiras Uberlândia (4º) e Uberaba (8º). Em nono lugar, Niterói (RJ) completa a lista das dez mais – e bem à frente da capital fluminense, em 37º lugar.
De acordo com o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, Edson Carlos, os números do ranking mostram que há um avanço na melhoria no saneamento básico no país, mas em um ritmo aquém do esperado pelo próprio governo federal.
Veja o ranking completo
das 100 maiores cidades
“São problemas ainda muito distantes de resolver; no melhor dos cenários, o governo estima um prazo de 20 anos para estar tudo adequado. Do jeito que está, prevemos que esse tempo se arraste ao menos para o ano de2050”, disse.
Na avaliação de Carlos, uma das formas de a defasagem começar a ser revertida é por meio da mobilização do cidadão.
“Porque ele precisa cobrar o prefeito, que cobrará governos. Infelizmente, porém, o que vemos é que essas obras de saneamento são em boa parte subterrâneas, portanto, não dão a agente político a visibilidade de um canteiro de obras como uma ponte ou uma UBS, por exemplo. E a população, em parte, pode até não aceitar ficar sem água, mas como que se acostumou a não ter rede coletora ou de tratamento de esgoto –e não pobres, apenas, mas condomínios e prédios de unidades avaliadas em milhões de reais”, disse. “É preciso que as pessoas coloquem o saneamento em seus radares de prioridades, pois é algo diretamente ligado não apenas a meio ambiente, mas à saúde”, constatou o presidente do instituto.
Critérios
Entre os critérios analisados, estão indicadores como atendimento total de água, investimentos feitos no ano, receita do município, quantidade de novas ligações de água, ligações faltantes para a universalização e perda de água –aqui considerados desperdício, roubo, ligações irregulares e vazamentos.
Para universalização, foi considerado o percentual de 95%. Pelo estudo, a maioria dos municípios analisados ainda está distante da universalização dos serviços de coleta de esgoto – um total de 34 cidades, por outro lado, informou índice de coleta de esgoto superior a 80% da população, e apenas cinco informaram possuir 100% de coleta (Belo Horizonte, Santos, Jundiaí, Piracicaba e Franca).
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