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Terceiro caso na mesma semana, cão que brigou com porco-espinho no MS passa bem

Cão briga com porco-espinho em Dourados (MS) e acaba com focinho todo machucado Imagem: Divulgação/Decom/Unigran

Celso Bejarano

Do UOL, em Campo Grande

24/08/2012 20h59

Passa bem o cão Boby, da raça doberman, que nesta quinta-feira (23) travou uma briga com um porco-espinho em um sítio do distrito de Indápolis, município de Dourados, a 220 km de Campo Grande (MS). Nesta semana, foram registrados três confrontos de cachorros com bichos silvestres, em um deles, o porco-espinho morreu.

Boby estava numa mata próxima a casa, onde costumava caçar, segundo o dono. Ao retornar ferido, o animal foi levado para uma clínica da Universidade da Grande Dourados (Unigran). Lá, foram retirados em torno de mil espinhos do cachorro, procedimento que durou ao menos três horas.

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O veterinário Dheywid Karlos Mattos disse que o trabalho foi vagaroso porque eles temiam que um dos espinhos quebrasse antes de ser retirado. “Tivemos de ter muito cuidado na retirada para evitar que algum espinho quebrasse e ficasse preso dentro do corpo do animal, isso poderia ocasionar uma infecção”, disse o veterinário. Boby retornou para a casa e se recupera dos ferimentos.

Outros casos

Ainda esta semana, na madrugada de terça-feira (21), em São Gabriel do Oeste, a 133 km de Campo Grande, o pit bull Lampião também se feriu em uma briga com um porco-espinho, que fugiu após o confronto.

Éderson Vagner, dono do cachorro, disse que soube da briga por meio da ligação da avó, que ouviu latidos de Lampião. Ele disse ter se assustado ao ver o animal machucado por todo o corpo.

Levado até uma clínica veterinária, Vagner afirmou ter assistido o atendimento e calcula que seu cão levou cerca de 2.000 espetadas.

Já na segunda-feira (20), em Coxim, cidade a 243 km de Campo Grande, outro pit bull enfrentou um porco-espinho que invadiu uma oficina, vigiada pelo cachorro.

Alcides Tadeu Queiroz Moura, dono do cão, só ficou sabendo da briga no dia seguinte, quando vizinhos o procuraram para avisar que o corpo do cão estava recheado de espinhos.

A oficina fica à beira da rodovia e o dono disse que seu pit bull já havia espantado outros animais invasores.

Levado para a clínica, o pit bull foi sedado e da pele dele, principalmente do focinho, foram retirados em torno de mil espinhos, segundo o dono.

Na manhã seguinte, o porco-espinho foi achado perto da rodovia por policiais miliares ambientais, que pensaram tratar-se de um atropelamento. No entanto, logo descobriram que o bicho era o mesmo que havia enfrentado o pit bull.

O porco-espinho foi levado para a sede do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, mas morreu durante o trajeto. O esqueleto do bicho será usado em ensinos de Educação Ambiental preparados pela Polícia Militar Ambiental.

Mato Grosso do Sul enfrenta um período de estiagem e de queimadas, o que pode motivar a fuga dos bichos para os centros urbanos, atrás de alimentação. O porco-espinho é um roedor de pequeno porte, mede em torno de 60 centímetros, fora a cauda, com tamanho que alcança 30 centímetros. Ele transita à noite, quando sai para se alimentar, principalmente de folhas. O espinho do silvestre mede cerca de 10 centímetros e só se desprende do corpo em circunstâncias de ataques.

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