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Laudo contraria mãe e indica que bebê encontrado em carro em Goiás já estava morto antes de ser colocado no veículo

Lourdes Souza

Do UOL, em Goiânia

07/09/2012 14h42

O resultado do exame cadavérico realizado no corpo do bebê José Ronaldo Prado de Oliveira, de um ano e 13 dias, contradiz as afirmações da mãe Andressa do Prado Oliveira, 26, e aponta que a causa da morte foi asfixia mecânica. O menino foi encontrado morto dentro de um veículo Uno, em Aparecida de Goiânia, no dia 27 de março, por volta das 13h30.
 
Andressa, que está presa desde março, diz que a morte ocorreu porque a criança ficou esquecida dentro do carro, por quase quatro horas, enquanto ela pegou no sono. Ela nega ter agredido o filho. Entretanto, o laudo do exame cadavérico indica que a morte do bebê ocorreu por volta das 9h e fora do carro.
 
O médico perito Sandro Vento de Barros afirma no laudo que o corpo do bebê permaneceu sentado e reclinado para trás dentro do carro por mais de quatro horas. A avaliação indica que o José Ronaldo foi colocado no veículo para simular o acidente. O laudo foi emitido no dia 15 de maio e foi incluído no inquérito policial já encaminhado ao poder Judiciário.
 
As audiências de instrução do processo começaram no dia 30 de julho, na 4ª vara Criminal de Aparecida de Goiânia, e ainda não foram concluídas. Com as novas provas, Andressa pode responder por delito considerado hediondo, cuja pena é de 12 a 30 anos, e ir a júri popular. Antes das novas provas, ela tinha sido indiciada por homicídio doloso, quando há a intenção ou assume-se o risco de matar.