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Mais da metade dos domicílios rurais ainda queima ou enterra lixo, diz IBGE

Rodrigo Abd/AP
Imagem: Rodrigo Abd/AP

Do UOL, em São Paulo

14/09/2012 10h00

Diante da falta da coleta de lixo, mais da metade dos domicílios rurais do Brasil ainda queima ou enterra os resíduos, segundo o estudo Perfil das Despesas no Brasil, da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta sexta-feira (14). 

Ainda que do total de domicílios pesquisados 80,7% tenham o lixo coletado diretamente, somente 24,4% das famílias que vivem em regiões rurais dispõem do serviço. E, embora a prática de enterrar e queimar os resíduos seja comum apenas para 10,2% da população brasileira, 54,7% dos que vivem em áreas rurais tratam o lixo assim.

O Maranhão é o Estado brasileiro com o menor percentual de domicílios com coleta direta (51,1%) e o maior percentual com lixo queimado ou enterrado na propriedade (33,4%). São Paulo, em contrapartida, oferece o serviço de coleta para 94,5% de seus moradores e apenas 1,7% dos paulistanos ainda precisam adotar métodos alternativos para descartar os resíduos.

O Paraná ganha destaque quando o assunto é a coleta seletiva. Ao todo, 64,6% dos domicílios do Estado separam o lixo entre materiais biodegradáveis e não degradáveis, desse total, 60,5% seguem a separação para atender a coleta seletiva.

No Brasil, somente 29,7% dos domicílios têm o hábito de separar o lixo. E, segundo a pesquisa do IBGE, apenas 40% destes moradores adotam a separação para atender à coleta seletiva. No Amapá e no Maranhão, apenas 2,0% dos domicílios separavam lixo.