Em Goiás, mãe é indiciada sob suspeita de matar recém-nascido e o esconder em mochila
Uma mãe teria matado seu filho recém-nascido e o escondido em mochila em Aparecida de Goiânia (GO). Laudos do Instituto Médico Legal (IML) mostram que o bebê foi asfixiado e, em seguida, abandonado na rua.
Segundo Myrian Vidal, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, a mulher de 35 anos, que é moradora do bairro Buriti Sereno, escondeu a gravidez da família e decidiu matar o bebê. Ela é mãe de outras sete crianças de um relacionamento anterior.
O corpo do bebê foi encontrado por uma menina de seis anos, irmã da vítima. Ela achou o recém-nascido porque estava em sua mochila. Myrian diz que a criança informou que a mochila foi um presente de um tio.
Convocada para depor na quarta-feira, 26, a mulher chegou à delegacia com dificuldades para andar. A situação física chamou a atenção da delegada, que solicitou a realização de uma ultrassonografia, que foi feita no mesmo dia.
O exame mostrou que o útero estava dilatado e comprovou que ela esteve grávida. Após os indícios, a mulher confirmou a gravidez e disse que escondeu da família porque não conseguiu localizar o pai da criança, um ex-namorado. “Como (ela) perdeu o tempo de fazer o aborto, decidiu por matar o bebê”, diz Myrian.
A mãe negou que tenha matado a criança, alegando que o bebê nasceu morto. Mas as análises do IML mostraram que o bebê nasceu vivo e morreu por asfixia, provavelmente pelo uso de saco plástico. Lesões internas e externas não foram constatadas.
Para a delegada, o crime pode ser considerado um homicídio qualificado porque a gravidez foi escondida. Segundo ela, a mulher demonstrou frieza durante o depoimento, inclusive quando assumiu ser a mãe do bebê. Como não foi presa em flagrante, ela vai passar por exames psicológicos e responderá ao processo em liberdade.
Se for condenada, ela pode pegar até 30 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado e seis anos por infanticídio. Os outros filhos, com idade entre seis e 19 anos, serão acompanhados pelo Conselho Tutelar.
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