Alagoas, Sergipe e Amazonas são os que mais receberam verba do governo por km de estrada, diz pesquisa
Os Estados que mais receberam investimentos do governo federal por quilômetro de estrada em 2011 foram Alagoas (R$ 696 mil/km), Sergipe (R$ 660 mil/km) e Amazonas (R$ 438 mil/km). Apesar disso, o Amazonas não possui nenhuma rodovia em estado bom. É o que mostra a pesquisa anual da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) com base em 95.707 quilômetros de todo o país.
Segundo a pesquisa, o governo federal autorizou R$ 17,8 bilhões para investimentos em transporte, de acordo com o estipulado na LOA (Lei Orçamentária Anual). Deste montante, R$ 13,8 bilhões eram destinados às rodovias. Porém, apesar deste volume, até agosto apenas R$ 4,7 bilhões haviam sido investidos no setor --R$ 3,7 bilhões para pagar dívidas de anos anteriores.
Este pode ser um dos motivos de o Amazonas ser o terceiro a receber mais investimentos por quilômetro de estrada e ao mesmo tempo não possuir nenhuma rodovia em estado bom ou ótimo. O Estado tem 22,5% das rodovias em condições péssimas e 47,1% ruins.
Alagoas, por sua vez, tem 47,9% de suas estradas em estado bom e 45,2% são consideradas regulares. No Sergipe a situação é mais crítica --65,9% das estradas são classificadas como péssimas (13,8%), ruins (27,1%) e regulares (25%). Apenas 1,5% está em ótimas condições.
São Paulo está em quarto lugar no ranking e recebeu R$ 355 mil por quilômetro do governo federal. Neste Estado, 49,9% das rodovias são ótimas e 28,8% são boas, segundo a pesquisa.
Os Estados que menos receberam do governo federal por quilômetro de estrada são Piauí (R$ 38 mil/km), Bahia (R$ 59 mil/km) e Paraná (R$ 60 mil/km).
De acordo com a CNT, estão previstos pelo PPA (Plano Plurianual) 2012-2015 investimentos de R$ 82,7 bilhões para infraestrutura rodoviária. Mas “mesmo esse significativo montante é insuficiente para manter a estrutura viária, atender à demanda crescente e reduzir os gargalos do setor de transporte no Brasil”, reconhece a confederação.
Tabela mostra investimentos federais em estradas nos 26 Estados mais o Distrito Federal
Situação geral
A pesquisa ainda apontou que 62,7% das rodovias brasileiras são consideradas regulares (33,4%), ruins (20,3%) ou péssimas (9%). Apenas 37,3% são consideradas ótimas (9,9%) ou boas (27,4%).
O Estado com os piores índices é o Acre, onde 38% das estradas são péssimas, 34,1% são ruins e apenas 0,7% é considerado ótimo. São Paulo, com seus 49,9% de trechos pavimentados considerados ótimos, lidera o ranking nacional.
O Brasil tem 65.273 km de rodovias federais e 30.434 km de rodovias estaduais e, destes 95.707 km, 80.315 km estão sob gestão pública e 15.392 km sob gestão privada.
Públicas x concessionadas
O levantamento também revelou que 71,2% das rodovias sob gestão pública são consideradas regulares (37,6%), ruins (23,8%) ou péssimas (10,8%). Por outro lado, 86% das rodovias sob gestão privadas são consideradas ótimas (44,7%) ou boas (42%).
Segundo a pesquisa, o Brasil possui 80.315 km de rodovias públicas e 15.392 km de estradas privadas. Ao total, 95.707 km foram analisados --65.273 km pertencem a rodovias federais e 30.434 km a estradas estaduais.
À esquerda aparecem os dados das estradas sob concessão, e à direita sobre as públicas
Dados da pesquisa
Esta é a 16ª edição da pesquisa CNT de rodovias, a primeira foi em 1995 e analisou 15.710 km de estradas. Este ano foram 95.707 km, um acréscimo de 2.960 km (3,2%) em relação ao ano passado.
Foram 37 dias de coleta de dados em campo, com a participação de 17 equipes. As rodovias pesquisadas abrangem toda a malha rodoviária federal pavimentada, os principais trechos de rodovias estaduais pavimentadas e rodovias sob concessão privada.
Além de analisar as condições das estradas em relação ao pavimento, à sinalização e à geografia, também foram coletados dados sobre postos de abastecimento, borracharias, concessionárias e oficinas mecânicas de caminhões ou ônibus, restaurantes e lanchonetes, postos policiais e fiscais, entre outros.
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