Topo

Mãe de Eliza diz que "tem orado" para que Macarrão diga onde está o corpo da filha

Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, acompanha julgamento em Contagem (MG) - Alberto Wu/FuturaPress
Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, acompanha julgamento em Contagem (MG) Imagem: Alberto Wu/FuturaPress

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

21/11/2012 15h52

A mãe de Eliza Samudio disse, nesta quarta-feira (21), que “tem orado” para que o interrogatório de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, possa trazer ao menos a localização do corpo da filha, desaparecida desde junho de 2010.

Depois de depor como testemunha de defesa do próprio Macarrão, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, Sônia de Fátima Moura afirmou que vai acompanhar até o fim o julgamento do ex-braço direito do goleiro Bruno e de Fernanda Castro, ex-amante do ex-goleiro.

Questionada se esperava alguma surpresa que supostamente Macarrão possa revelar durante o seu interrogatório, a mãe de Eliza disse estar ansiosa para ouvir o ex-braço direito do ex-jogador.

Macarrão permaneceu calado durante a fase de investigação feita pela Polícia Civil mineira e durante a instrução do processo, presidida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem.

“Eu espero, eu tenho orado para isso, que ele diga, que ele faça alguma coisa”, disse a mulher, que depôs por uma hora no salão do júri.

Ela ainda revelou que vai acompanhar até o final o julgamento dele e de Fernanda Castro.

“Eu ver, quero ouvir, quero saber o final disso aí. Eu quero ver qual será a reação deles, o que eles vão alegar”, afirmou.

Hipótese de Macarrão assumir crime

Uma das hipóteses cogitadas antes do depoimento do réu é a possibilidade de ele assumir sozinho o assassinato de Eliza Samudio.

Cidnei Mendes Karpinski, um dos assistentes de acusação, afirmou que a defesa do goleiro Bruno fez uma “manobra somente para que Macarrão assumisse a culpa” e “tirar a culpa do Bruno”.

Nesta manhã, a juíza Marixa Rodrigues determinou o desmembramento do julgamento do goleiro e remarcou a data para o dia quatro de março de 2013.

Ao assumir e se tornar o único a defender o jogador, o advogado Lúcio Adolfo da Silva pediu à magistrada que suspendesse o julgamento do goleiro para que ele se inteirasse do processo, que tem 15 mil páginas, no que foi atendido por Marixa.

“Eu acho muito difícil o Macarrão assumir sozinho o assassinato em nome do Bruno. Mesmo que ele assuma, tem provas de que houve premeditação. Ele [Bruno] foi o mandante, ele arquitetou tudo”, afirmou.

Há a previsão de o interrogatório de Macarrão ser feito ainda hoje.