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Polícia encontra carro utilizado em resgate de grupo que explodiu fábrica de joias no RS

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

03/01/2013 15h16

A polícia gaúcha localizou o automóvel utilizado para resgatar da mata na madrugada de quarta-feira (2) quatro assaltantes que escaparam após assaltar no domingo (30) a fábrica de joias Guindani, em Cotiporã (169 km de Porto Alegre), na serra gaúcha. O Nissan Tiida vermelho, de placa DDU 8446, foi encontrado em uma lavagem de veículos em Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.

Segundo o delegado Guilherme Wondracek, diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) do RS, as informações obtidas no depoimento das pessoas que estariam em posse do Tiida no momento de sua apreensão estão sob sigilo. O veículo não possui registro de roubo, e o nome de seu proprietário não foi divulgado.

Uma equipe de peritos vasculha o automóvel atrás de pistas que possam levar aos fugitivos resgatados na madrugada de quarta em São Vendelino, após renderem uma família e tomarem como refém um produtor rural no interior da cidade de Bento Gonçalves.

Em posse dos dois carros das vítimas, os criminosos - armados, utilizando celulares, rádios e carregando dinheiro - se deslocaram pela madrugada por estradas da região até serem resgatados por um comparsa. De acordo com a polícia, um suspeito permanece na região de mata.

Comparsas
As autoridades acreditam que mais de oito pessoas participaram do assalto à fábrica de joias. O número de envolvidos pode chegar a 15, entre ex-detentos e fugitivos do sistema prisional.

A maioria seria remanescente da Quadrilha da Van, grupo de Caxias do Sul (serra do RS) especializado em assalto a caixas eletrônicos. Eles agiam rebocando os terminais para fora dos postos de atendimento. Um dos líderes era  Elisandro Falcão, morto no tiroteio em Cotiporã, e tido até então como o procurado número um do RS.

Há indícios também que alguns dos participantes do assalto pertençam à quadrilha Bala na Cara, da região metropolitana, uma das mais violentas e que conta com grande atuação nos presídios do Estado.