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Laudo desmente médico e aponta que miss Jataí (GO), morta durante cirurgia plástica, não usava drogas

Louanna Adrielle Castro Silva morreu após sofrer parada cardíaca durante cirurgia para aumentar seios - Reprodução/MB/Futura Press
Louanna Adrielle Castro Silva morreu após sofrer parada cardíaca durante cirurgia para aumentar seios Imagem: Reprodução/MB/Futura Press

Lourdes Souza

Do UOL, em Goiânia

08/01/2013 09h38

Laudo do IML (Instituto Médico Legal) descartou que a miss Jataí Turismo 2012, Louanna Adrielle Castro Silva, 24, morta durante uma cirurgia plástica em Goiânia, fosse usuária de drogas. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (7) e desmente as versões do cirurgião plástico Rogério Morale de Oliveira e da anestesista Beatriz Vieira Espíndola.

Em depoimento à delegada Mirian Aparecida Borges de Oliveira, do 13º DP (Distrito Policial), em Goiânia, eles disseram, em datas diferentes, que as reações da jovem durante ao procedimento cirúrgico eram similares a quem já teria utilizados drogas, como cocaína e ecstasy.

A família de Louanna contestou a informação, que também consta no laudo entregue pelo hospital Monte Sinai, onde ocorreu o óbito, ao IML.

A delegada mantém as investigações sobre as causas da morte da miss e aguarda o exame cadavérico para concluir o inquérito e apontar se houve erro médico. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás também instaurou procedimento para verificar a conduta do cirurgião responsável e dos demais médicos da equipe.

Louanna morreu no dia 1º de dezembro após entrar no centro cirúrgico para o  implante de silicone nos seios. Ela teve uma parada cardíaca durante o procedimento, realizado no hospital Buriti, no bairro Parque Amazônia.

Ela era atendida pelo médico Rogério Morale, que não conseguiu reverter o quadro. No hospital onde a cirurgia era realizada não havia UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O médico atende em Jataí (a 327 km de Goiânia), onde Louanna morava, mas a família dela alega que a cirurgia foi realizada na capital justamente por causa da UTI. O marido da vítima, Giuliano Cabral Chaves disse acreditar que houve negligência dos médicos e diz que Morale não cumpriu o combinado, pois teria oferecido um serviço que não possuía, a UTI.

A reportagem do UOL tentou contato com o médico Rogério Morale de Oliveira pelo telefone da Clínica Master, onde ele atende em Goiânia, mas não obteve resposta.

O advogado responsável pela defesa de Morale, Carlos Rissi, também não foi localizado em seu escritório, que informou que ele está fora da cidade, em viagem.

Nenhuma das ligações feitas para a anestesista Beatriz Vieira Espíndola foi atendida até a publicação do texto.