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Homens de seita que pregava o fim do mundo são presos escondidos em "bunker" no Rio

Fábio Vasconcelos, 37, e Ailton Aires Araújo Júnior, 39, conhecido como "Ninho", participavam de uma seita que pregava o fim do mundo em 2012 - Divulgação/Polícia Civil
Fábio Vasconcelos, 37, e Ailton Aires Araújo Júnior, 39, conhecido como "Ninho", participavam de uma seita que pregava o fim do mundo em 2012 Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Do UOL, no Rio

31/01/2013 11h50

Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam nesta quarta-feira (30) dois homens acusados de sequestro e cárcere privado por terem abrigado uma adolescente de 17 anos em local onde uma seita aguardava o fim do mundo. Fábio Vasconcelos, 37, e Ailton Aires Araújo Júnior, 39, conhecido como "Ninho", foram detidos em um sítio localizado na estrada Caetano Monteiro, em Pendotiba, em Niterói, na região metropolitana do Estado.

Contra ambos os detidos havia mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara Criminal de Niterói. A investigação teve início, segundo a polícia, com a denúncia do desaparecimento da garota, recebida no dia 21 de dezembro --exatamente a data na qual os adeptos da teoria apocalíptica acreditavam que o mundo acabaria, no ano passado.

A jovem foi localizada no dia 22 de dezembro, no mesmo sítio em Pendotiba, onde se mantinha na companhia de outros integrantes da seita. Segundo o delegado Mário Luiz da Silva, por se tratar de uma menor de idade, 15 pessoas também foram indiciadas por sequestro e cárcere privado, cuja pena é de dois a cinco anos de prisão. O caso foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal.

No momento em que chegaram ao sítio onde Vasconcelos e Ninhão foram presos, na quarta-feira (30), os agentes do distrito policial de Icaraí (77ª DP) repararam que o local funcionava como uma espécie de bunker. A segurança era reforçada por "trancas, grades e cadeados, para evitar que pessoas estranhas a seita acessassem o imóvel", de acordo com a Polícia Civil.

No local, havia uma grande quantidade de mantimentos estocados, supostamente para permitir a sobrevivência dos integrantes da seita por um longo período. Além disso, os policiais apreenderam malas e bolsas arrumadas, o que indica, segundo os agentes, que os homens presos planejavam fugir.

A Polícia Civil não informou quantas pessoas participavam da seita. A instituição também não esclareceu se os suspeitos possuem representação jurídica para comentar o caso.