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Capitão de petroleiro morre em alto mar, e corpo chega refrigerado ao porto de São Sebastião (SP)

Elaine Rodrigues

Do UOL, em São José dos Campos (SP)

19/02/2013 14h33

Um corpo totalmente refrigerado desembarcou de um petroleiro no porto de São Sebastião (191 km de São Paulo), na tarde da última sexta (15).  O grego Mokos Konstantinos, 46 anos, era capitão do navio. Ele e morreu durante a viagem, e seu corpo foi colocado em uma câmara de refrigeração pela tripulação do navio.

O corpo de Konstantinos foi encaminhado para o IML de São Sebastião ainda na sexta, mas apenas nesta terça (19) foi possível concluir os exames necrológico e toxicológico, que ajudam a determinar a causa da morte. Os legistas tiveram que esperar o descongelamento natural do corpo para iniciar os exames e, assim, preservar a integridade dos órgãos do capitão.

O petroleiro partiu do Sul da África com destino ao Brasil na última semana de janeiro. Após alguns dias de viagem, a tripulação informou ter encontrado o capitão caído, já morto, dentro de sua cabine. Pelo depoimento dos tripulantes, a polícia disse acreditar que a morte se deu em território internacional, próximo à Nigéria.

Com o capitão morto, os marinheiros decidiram colocar o corpo em uma câmara de resfriamento, para preservá-lo, e seguir viagem.  De acordo com o delegado da Capitania dos Portos Alexandre Mota de Souza, o petroleiro viajou por mais 15 dias, até chegar ao porto de São Sebastião.

Embalsamado

"O IML foi acionado e removeu o corpo totalmente refrigerado. Nós, da capitania, junto com a Polícia Federal, ouvimos a tripulação, que disse ter seguido o protocolo para essas situações. Ainda falta o resultado dos laudos do IML, mas acreditamos que não tenha sido criminoso", afirmou Souza.

Após serem interrogados, os tripulantes do navio foram liberados e partiram em viagem rumo à África no fim deste domingo (17). Um novo capitão foi enviado ao petroleiro para comandar a viagem de volta.

Segundo a Polícia Federal, o corpo do capitão grego deverá ser embalsamado ainda hoje e liberado esta semana para retornar à Grécia, país de origem de Konstantinos. "O inquérito deve ser concluído em trinta dias, pela Polícia Federal. Contudo, o corpo já passou pelos exames e deverá ficar à disposição da família e do Consulado Grego", disse o delegado Souza.