Capitão de petroleiro morre em alto mar, e corpo chega refrigerado ao porto de São Sebastião (SP)
Um corpo totalmente refrigerado desembarcou de um petroleiro no porto de São Sebastião (191 km de São Paulo), na tarde da última sexta (15). O grego Mokos Konstantinos, 46 anos, era capitão do navio. Ele e morreu durante a viagem, e seu corpo foi colocado em uma câmara de refrigeração pela tripulação do navio.
O corpo de Konstantinos foi encaminhado para o IML de São Sebastião ainda na sexta, mas apenas nesta terça (19) foi possível concluir os exames necrológico e toxicológico, que ajudam a determinar a causa da morte. Os legistas tiveram que esperar o descongelamento natural do corpo para iniciar os exames e, assim, preservar a integridade dos órgãos do capitão.
O petroleiro partiu do Sul da África com destino ao Brasil na última semana de janeiro. Após alguns dias de viagem, a tripulação informou ter encontrado o capitão caído, já morto, dentro de sua cabine. Pelo depoimento dos tripulantes, a polícia disse acreditar que a morte se deu em território internacional, próximo à Nigéria.
Com o capitão morto, os marinheiros decidiram colocar o corpo em uma câmara de resfriamento, para preservá-lo, e seguir viagem. De acordo com o delegado da Capitania dos Portos Alexandre Mota de Souza, o petroleiro viajou por mais 15 dias, até chegar ao porto de São Sebastião.
Embalsamado
"O IML foi acionado e removeu o corpo totalmente refrigerado. Nós, da capitania, junto com a Polícia Federal, ouvimos a tripulação, que disse ter seguido o protocolo para essas situações. Ainda falta o resultado dos laudos do IML, mas acreditamos que não tenha sido criminoso", afirmou Souza.
Após serem interrogados, os tripulantes do navio foram liberados e partiram em viagem rumo à África no fim deste domingo (17). Um novo capitão foi enviado ao petroleiro para comandar a viagem de volta.
Segundo a Polícia Federal, o corpo do capitão grego deverá ser embalsamado ainda hoje e liberado esta semana para retornar à Grécia, país de origem de Konstantinos. "O inquérito deve ser concluído em trinta dias, pela Polícia Federal. Contudo, o corpo já passou pelos exames e deverá ficar à disposição da família e do Consulado Grego", disse o delegado Souza.
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