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Após acidente com morte, 90% das obras de Viracopos são liberadas

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas (SP)

03/04/2013 09h36

Doze dias após o acidente que matou um operário, o Ministério do Trabalho e Emprego de Campinas (a 93 km de São Paulo) liberou no fim da tarde de terça-feira (2) 90% das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, com exceção de duas áreas de escavação que continuam restritas, inclusive a que vitimou o trabalhador.

Os trabalhos do Consórcio Construtor de Viracopos (CCV), contratado para executar as obras, foram retomados nesta quarta-feira (3).

Desde quarta-feira (27), os serviços de terraplenagem, descarregamento de materiais, montagem de canteiro, pátio de vigas e acampamentos já estavam liberados. Com as desinterdições de ontem, apenas 10% das obras continuam suspensas, segundo estimativa do MTE.

"Os trabalhos acontecem em uma área muito complexa, mas algumas solicitações são simples, fáceis de resolver e realmente foram atendidas. Ontem, recebemos as documentações formais e liberamos provisoriamente o que não põe a vida de nenhum operário em risco, o restante [duas áreas de escavação] continuará interditado até que não apresente mais risco. A liberação final dos trabalhos está dependendo de uma inspeção minuciosa no local depois que as determinações dessas áreas forem atendidas”, declarou João Batista Amâncio, auditor fiscal do MTE.

Em nota, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos ressaltou que "as obras do novo terminal de passageiros continuam dentro do cronograma, com a entrega prevista para maio de 2014".

Acidente deixou um morto

As obras de expansão do aeroporto estavam suspensas desde o dia 22 de março, após a morte de Cleiton Nascimento Santos, 25, que foi atingido por um deslizamento de terra no canteiro de obras e sofreu politraumatismo.

O operário foi levado com vida para o Hospital Dr. Mário Gatti, mas não resistiu.

Outro funcionário, Wilington Santos Reis, de 26, também machucou a mão durante o deslizamento, mas foi atendido no próprio ambulatório.

Essa foi a quinta morte em canteiros de obras na Região Metropolitana de Campinas em um período de 15 dias.