Suspeito de espancar jovem até a morte em Nova Iguaçu é preso no Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira (14) o suspeito Lucas Ferreira, 19, investigado por suposta participação no assassinato de Wellington Braz da Silva, 17, há um mês, na saída de um show no Aeroclube de Nova Iguaçu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O jovem foi detido por agentes da delegacia de Nova Iguaçu (52ª DP) e seria o último integrante de uma gangue de bairro. No dia 17 de abril, a polícia já havia cumprido mandados de apreensão contra três menores, todos de 17 anos, que também teriam participado do crime.

Silva foi espancado até a morte durante confronto entre gangues formadas por moradores de diferentes bairros, de acordo com a Polícia Civil. Análise do IML (Instituto Médico-Legal) mostrou que ele foi atingido por chutes, socos e pauladas na cabeça. A vítima ainda chegou a ser levada para o hospital da Posse, em Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo informações da 52ª DP, onde a ocorrência foi registrada, o menor não tinha envolvimento com os grupos rivais, porém estava na companhia de integrantes de uma das gangues no momento em que houve a briga.

Os investigadores ouviram adolescentes que se identificaram como membros de uma das gangues de bairro, e que confirmaram que já haviam entrado em confronto com o grupo rival em outras oportunidades.

A morte de Silva ocorreu em meio ao debate sobre o tema da redução da maioridade penal, que voltou a ser discutido após o assassinato do estudante universitário Victor Hugo Deppman, 19, em São Paulo, no dia 9 de abril.

O jovem foi atingido por um tiro na cabeça durante um assalto na porta de casa, no Belém, na zona leste da cidade. O crime foi cometido por um menor de 17 anos.

Pesquisa recente do Datafolha mostra que 93% dos paulistanos acham que a maioridade penal, isto é, quando uma pessoa deve responder criminalmente por seus atos, deveria ser reduzida de 18 anos para 16 no Brasil. Outros 6% são contra, e 1% não soube responder.