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Homem é detido por ato obsceno dentro de vagão de metrô no Rio

Juvelino Francisco da Silva, 50, prestou depoimento na 25ª DP (Engenho Novo) após se masturbar, segundo a polícia, dentro de um vagão do metrô - Alessandro Costa/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Juvelino Francisco da Silva, 50, prestou depoimento na 25ª DP (Engenho Novo) após se masturbar, segundo a polícia, dentro de um vagão do metrô Imagem: Alessandro Costa/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

29/05/2013 10h50Atualizada em 29/05/2013 12h46

O padeiro Juvelino Francisco da Silva, 50, foi detido nesta quarta-feira (29) após se masturbar dentro de um vagão do metrô que seguia direção à zona sul do Rio de Janeiro. Durante o ato, Silva encostou na perna de Michele de Souza, que alertou os demais passageiros aos gritos de "tarado".

De acordo com a concessionária MetrôRio, a confusão ocorreu dentro de uma composição da Linha 2 (Pavuna-Botafogo), na altura da estação Triagem, na zona norte. O suspeito foi retirado do vagão pelos passageiros, e posteriormente preso por policiais militares acionados pelos agentes de segurança do MetrôRio.

Segundo o delegado da 25ª DP (Engenho Novo), Rodrigo de Almeida Sá, a atitude do padeiro não configura abuso sexual contra Michele, já que ele nem agarrou nem ameaçou a passageira.

"Em determinado momento, ele encostou na perna da passageira e ela viu que ele estava com o pênis para o lado de fora. Por esse motivo, ele foi autuado por ato obsceno, mas já foi liberado por se tratar de um delito de menor potencial", explicou Sá.

O HERÓI

  • Fabiano Rocha/ Extra/Agência O Globo

    Michele de Souza agradece Marcio Mello, 42, que a alertou e impediu o abuso sexual

Silva, que mora em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e trabalha em uma padaria no Flamengo, na zona sul, não tem passagens pela polícia. Em depoimento, ele negou as acusações, e disse ter encostado acidentalmente na passageira com uma bolsa transpassada. Na versão da vítima, a bolsa, na verdade, estava posicionada com o objetivo de esconder o ato obsceno.

Sá disse ainda que o padeiro apresenta "algum tipo de perversão", e que há possibilidade razoável de que ele já tenha cometido outros crimes dessa natureza. A partir da ocorrência registrada nesta quarta-feira, a Polícia Civil pretende investigar se Silva já cometeu abusos sexuais. "A identificação dele pode levar a denúncias de mulheres que já tenham sido vítimas", disse o delegado.

De acordo com o artigo 233 do Código Penal, o crime de ato obsceno --prática de obscenidade em lugar público, ou aberto ou exposto ao público-- tem pena mínima de três meses e máxima de um ano de prisão.

O MetrôRio informou que a ocorrência não alterou a operação do serviço na manhã desta quarta-feira.