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Capitão da PM acusado de fornecer arma que matou Décio Sá consegue habeas corpus

Jornalista Décio Sá, morto em abril no Maranhão por apurar denúncias contra pistoleiros no Estado - Reprodução/MB/Futura Press
Jornalista Décio Sá, morto em abril no Maranhão por apurar denúncias contra pistoleiros no Estado Imagem: Reprodução/MB/Futura Press

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

31/05/2013 15h32

A defesa do capitão da PM (Polícia Militar) do Maranhão Fábio Aurélio Saraiva Silva, acusado de fornecer a pistola ponto 40 usada para assassinar o jornalista Décio Sá, em São Luís, em abril de 2012, conseguiu habeas corpus na última quarta-feira (29), e o policial foi liberado no mesmo dia.

À época da morte do jornalista, “Fábio Capita”, como é conhecido, era subcomandante do Batalhão de Choque do Maranhão. Ele foi destituído do cargo e ficou preso no Comando Geral da PM em São Luís, mas foi transferido para o Quartel do Corpo de Bombeiros de Teresina depois da acusação do envolvimento na morte do corretor de seguros Fábio Brasil, ocorrida em Teresina.

O policial já havia recebido alvará de soltura, no dia 8 de abril deste ano, concedido pelo desembargador Froz Sobrinho, do Tribunal de Justiça do Maranhão. Neste dia 26 ele conseguiu o habeas corpus pela acusação da morte de Brasil.

O capitão ficou preso por cerca de oito meses no Quartel do Corpo de Bombeiros de Teresina. Ele é o primeiro dos 13 indiciados na morte de Décio Sá a conseguir a liberdade.

O crime

Décio Sá foi morto em um bar na Avenida Litorânea, em São Luís, enquanto tomava cerveja esperando esperava uns amigos quando foi surpreendido pelo pistoleiro de aluguel Jhonatan de Sousa Silva, 24, réu confesso do assassinato.  O pistoleiro está preso na Penitenciária Federal de Mossoró (RN).

Segundo a polícia, Sá foi morto porque escreveu em seu blog que o assassinato de Brasil estaria ligado ao envolvimento um grupo de agiotas. O blog do jornalista era famoso por informações de bastidores da política no Maranhão.

Segundo investigações, Fábio Brasil fez parte da quadrilha e teria sido expulso e morto porque teria dado um golpe no grupo e ficou devendo um dinheiro ao bando. O militar nega o fornecimento da arma, mas admite que é amigo de infância de Júnior Bolinha, um dos integrantes do grupo.