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Polícia prende ex-marido suspeito de matar juíza em Fórum de Mato Grosso

Lima estava escondido dentro da mata desde sexta - Divulgação
Lima estava escondido dentro da mata desde sexta Imagem: Divulgação

Jorge Estevão

Do UOL, em Cuiabá

10/06/2013 12h44Atualizada em 10/06/2013 14h19

 A polícia prendeu no final da manhã desta segunda-feira (10) o enfermeiro Evanderly Lima, suspeito de matar a tiros sua ex-mulher, a juíza da Comarca de Alto Taquari (486 km de Cuiabá), Glauciane Chaves de Mello, na última sexta-feira (7). Lima foi encontrado dentro do mato, nos arredores da cidade, para onde fugiu logo após o crime.

Com ajuda de helicópteros e mateiros (pessoas que têm habilidade de seguir rastros) da região, policiais militares conseguiram chegar ao local onde estava o enfermeiro. Pegadas do calçado do suspeito foram verificadas em área de terra. Lima não reagiu quando foi cercado por policiais do Bope.

O enfermeiro foi levado para a Delegacia Municipal de Alto Taquari. O depoimento dele começou por volta do meio-dia (horário de Brasília). Lima entrou no gabinete da juíza, de quem havia se separado ano passado, e discutiu com a magistrada. Depois disparou dois tiros. A arma do crime foi encontrada perto do fórum.

Onde fica

  • Arte UOL

    Alto Taquari está a 350 km de Cuiabá

A polícia informou acreditar que o crime seja passional (motivado por ciúmes). Logo após o crime, o governo do Estado determinou ação do Bope de Cuiabá para prender o suspeito. A magistrada era natural de Belo Horizonte e havia assumido o cargo em Mato Grosso havia um ano.

O contrato de união estável firmado entre o casal foi dissolvido em 21 de janeiro de 2013, mas Glauciane e Lima estavam separados desde 10 de dezembro de 2012. O casal não tinha filhos.

A vítima

A magistrada Glauciane Chaves de Melo morava em Belo Horizonte (MG) até tomar posse como juíza em Mato Grosso, em 15 de junho de 2012. A entrada em exercício no cargo ocorreu no dia 18. Classificada em 20º lugar no concurso público, ela escolheu a Comarca de Alto Taquari para atuar.

Na ocasião da escolha, a magistrada informou que fez a escolha levando em consideração, além da indicação de amigos, algumas informações sobre a comarca, que ela considerava estar em franco desenvolvimento e, apesar disso, ser uma comarca tranqüila, com um bom número de servidores.

Na data da posse, Glauciane ainda era casada. Na capital mineira, ela atuou como advogada, e, nos últimos anos, trabalhou como assessora de um magistrado.