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Protestos na Baixada Santista, em SP, paralisam travessia de balsas

Vista de um prédio da orla de Santos (SP) mostra a movimentação de manifestantes durante protesto Imagem: Vagner Lima/UOL

Gabriela Lousada

Do UOL, em Santos (SP)

17/06/2013 23h41

A travessia de balsas que opera entre as cidades de Santos e Guarujá, na Baixada Santista, ficou parada por quase uma hora e voltou a funcionar por volta das 21h30 desta segunda-feira (17). A paralisação do serviço ocorreu durante protesto que mobilizou manifestantes das duas cidades.

Em Santos, mais de 1.500 pessoas foram às ruas no fim da tarde e interditaram as duas faixas da avenida da praia, enquanto caminhavam com rostos pintados, bandeiras e gritando palavras de ordem. A onda de protestos, que nas últimas semanas tinha como foco principal a redução de tarifas do transporte coletivo, ganhou proporções maiores e passou a incluir gritos de descontentamento com várias causas diferentes.

Ao fim do percurso, por volta das 20h30, manifestantes ocuparam os bolsões de espera da travessia de balsas, no bairro Ponta da Praia, paralisando o serviço. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Dersa, responsável pela travessia, após embarcações terem sido utilizadas para transportar os manifestantes de Guarujá para Santos, o serviço para os veículos de passeio foi retomado.

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O estudante de jornalismo Vagner Lima, 22, reforça que a ação do grupo foi pacífica e que a adesão da população aumentou ao longo do percurso. "Primeiro fechamos [o grupo] uma pista, mas depois as duas foram tomadas e nenhum carro passava. Os motoristas não reclamavam e nos apoiavam buzinando. As pessoas na janela também acenavam, com bandeiras para fora", conta.

Lima, que mora em Bertioga, veio protestar em Santos não só por um possível aumento da tarifa da cidade onde estuda e trabalha, mas também pela passagem intermunicipal que utiliza para voltar diariamente para casa. "A tarifa subiu de R$ 6,90 para R$ 7,60. Não é barato", reclama.

O administrador de empresas João Carvalho, 27, protestou na noite de hoje não só pelo aumento do ônibus, mas também pelo preço cobrado nos postos pelo combustível. "Eu dificilmente pego ônibus, mas o imposto aqui no país é um absurdo. A gasolina é uma das mais caras do mundo. Está pesando no bolso de quem anda nos coletivos ou em veículo particular", diz.

Por volta das 22h30, um grupo de manifestantes ainda protestava em frente a rodoviária do Ferry Boat, impedindo alguns ônibus de saírem do local.

Guarujá

Um grupo de aproximadamente 500 pessoas também foi às ruas de Guarujá protestar hoje. O ato público, que teve início às 17h30 e terminou por volta das 19h, não registrou ações violentas por parte dos manifestantes ou da Polícia Militar e Guarda municipal, que acompanhavam o protesto.

É a primeira vez que o município registra um protesto contra o transporte após o início da série de manifestações na capital paulista. Em março, o preço da passagem de ônibus em Guarujá passou de R$ 2,60 para R$ 2,90.

O percurso começou na praça das Bandeiras e terminou na prefeitura. Além da avenida Puglise, uma das principais e mais movimentadas vias do centro da Cidade, o grupo interditou temporariamente as duas pistas da rodovia Cônego Domênico Rangoni.

No litoral paulista, a série de protestos teve início em Santos no último dia 12, com o objetivo de pressionar a prefeitura a não reajustar a tarifa de ônibus na cidade, que hoje custa R$ 2,90.

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