Homem morre prensado por elevador em cidade do interior de SP
Um operário morreu, na madrugada de hoje, depois de ser prensado por um elevador na fábrica da Química Amparo, fabricante dos produtos Ypê, Tixan, Assolan e Perfex, em Amparo.
Antonio Donizete Leme, 42, verificava um problema, por volta das 20h de ontem, quando seu cinto ficou preso na escada do fosso do aparelho. O elevador desceu, e a vítima foi prensada entre a porta e o piso.
Leme chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, de quem recebeu o primeiro atendimento, e foi levado com vida para a Santa Casa Anna Cintra, em Amparo. Ele deu entrada no hospital por volta das 21h, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no início da madrugada de hoje. O hospital não forneceu detalhes sobre o atendimento.
A empresa informou que está prestando assistência para a família do funcionário e que segue as normas de segurança do trabalho. “A Química Amparo lamenta profundamente o acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira”, disse a indústria, em nota.
“A empresa esclarece que prestou todo o socorro necessário, juntamente com os bombeiros, mas o funcionário não resistiu aos ferimentos e veio a falecer no hospital”, informa.
Ainda segundo a Química Amparo, as autoridades foram comunicadas “prontamente” e “foram ao local dos fatos”. “A companhia se solidariza à família e aos amigos, e já está prestando toda a assistência necessária. A Química Amparo reforça seu compromisso com a segurança no ambiente de trabalho”, diz a nota.
Câmeras flagram crimes e acidentes
Protesto
Durante a manhã e começo da tarde, houve e protestos com cerca de 300 funcionários, que paralisaram as atividades da indústria para protestar pela morte e pedir melhores condições de trabalho e aumento salarial.
“Isso não pode acontecer. Falta condição de trabalho e isso acabou gerando a morte de um companheiro. É preciso fazer algo”, disse um dos manifestantes, que pediu para não ser identificado.
A manifestação começou por volta das 10h e, até às 14h, os operários continuavam o protesto na porta da fábrica. A empresa não se manifestou sobre as reivindicações.
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