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Homem morre prensado por elevador em cidade do interior de SP

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Americana (SP)

02/07/2013 16h44

Um operário morreu, na madrugada de hoje, depois de ser prensado por um elevador na fábrica da Química Amparo, fabricante dos produtos Ypê, Tixan, Assolan e Perfex, em Amparo.

Antonio Donizete Leme, 42, verificava um problema, por volta das 20h de ontem, quando seu cinto ficou preso na escada do fosso do aparelho. O elevador desceu, e a vítima foi prensada entre a porta e o piso.

Leme chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, de quem recebeu o primeiro atendimento, e foi levado com vida para a Santa Casa Anna Cintra, em Amparo. Ele deu entrada no hospital por volta das 21h, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no início da madrugada de hoje. O hospital não forneceu detalhes sobre o atendimento.

A empresa informou que está prestando assistência para a família do funcionário e que segue as normas de segurança do trabalho. “A Química Amparo lamenta profundamente o acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira”, disse a indústria, em nota.

“A empresa esclarece que prestou todo o socorro necessário, juntamente com os bombeiros, mas o funcionário não resistiu aos ferimentos e veio a falecer no hospital”, informa.

Ainda segundo a Química Amparo, as autoridades foram comunicadas “prontamente” e “foram ao local dos fatos”. “A companhia se solidariza à família e aos amigos, e já está prestando toda a assistência necessária. A Química Amparo reforça seu compromisso com a segurança no ambiente de trabalho”, diz a nota.

Câmeras flagram crimes e acidentes

Protesto

Durante a manhã e começo da tarde, houve e protestos com cerca de 300 funcionários, que paralisaram as atividades da indústria para protestar pela morte e pedir melhores condições de trabalho e aumento salarial.

“Isso não pode acontecer. Falta condição de trabalho e isso acabou gerando a morte de um companheiro. É preciso fazer algo”, disse um dos manifestantes, que pediu para não ser identificado.

A manifestação começou por volta das 10h e, até às 14h, os operários continuavam o protesto na porta da fábrica. A empresa não se manifestou sobre as reivindicações.