Polícia de GO indicia 17 PMs por envolvimento em grupo de extermínio há 13 anos
Dezessete policiais militares foram indiciados por envolvimento em um grupo de extermínio, que atuava em Goianira, a 22 quilômetros de Goiânia. O inquérito policial indicia também outras sete pessoas --ao todo foram 24 indiciados-- por 18 assassinatos e três ocultações de cadáveres.
As investigações mostraram que o grupo, que comandava o tráfico de drogas no município, jogava os mortos no rio Meia Ponte ou em cisternas, utilizados como cemitérios clandestinos. Os corpos eram estripados para acelerar a decomposição.
Segundo o chefe do Gerco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado) da Polícia Civil, delegado Alexandre Pinto Lourenço, as prisões são resultados da Operação Resgate deflagrada em 9 de maio, quando os envolvidos tiveram as prisões temporárias decretadas. A quadrilha cometia os assassinatos contra dissidentes e devedores do tráfico de drogas. Mas a polícia apura ainda se há outros homicídios cometidos pelo grupo.
Lourenço diz que o grupo conduzia o tráfico com "mão forte". “Quando ocorria alguma dissidência ou algum traficante queria ocupar espaço que não lhe era permitido, ele efetivamente era eliminado”. De acordo com o delegado, há também indícios de pistolagem.
Os 24 envolvidos no grupo de extermínio vão responder por formação de quadrilha armada, homicídio, ocultação de cadáver, tortura, roubo/extorsão, receptação, porte ilegal de armas, tráfico de drogas, associação para o tráfico e violação do sigilo funcional.
O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público. As investigações começaram no dia 4 de maio, após denúncias de um dos integrantes da quadrilha, e apontaram que os crimes ocorriam há 13 anos.
Na delegacia da cidade, havia dez inquéritos em andamento relacionados aos crimes cometidos pela quadrilha e outros 13 boletins de ocorrência. Na apuração das denúncias, um cadáver foi localizado e várias armas foram apreendidas.
A Polícia Militar afastou das ruas os policiais indiciados na operação, que agora atuam administrativamente. A corregedoria abrirá processos administrativos disciplinares contra os policiais, que podem até ser expulsos da corporação.
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